Com 69%, maioria dos leitores é contra leito de viagem exclusivo para mulheres
Portaria da Agems entrou em vigor este mês, determinando quatro poltronas para elas nos ônibus
A maioria dos leitores que respondeu à enquete do Campo Grande, 69% deles, responderam que são contra a lei que obriga as empresas de viagem a destinar assentos exclusivos para mulheres. O “Espaço Mulher” terá quatro poltronas sinalizadas, reservadas para elas, sendo proibida a venda para passageiros do sexo masculino.
Dos que votaram na enquete, 31% foram favoráveis à norma, criada por iniciativa da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de MS), que estabeleceu os critérios em portaria publicada no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
A enquete realizada pelo portal não pede dados como o gênero do leitor que participa, por isso, não será possível distinguir quantos dos 69% votantes contra a norma são homens ou mulheres.
“Faz um ônibus só para elas”, disse um dos internautas que comentaram a enquete nas redes sociais do Campo Grande News. “Não são as mulheres que vivem dizendo aos quatro ventos que são iguais aos homens”, questionou outro. Outro homem avaliou que isso faz com que elas se sintam seguras, não vê problemas.
Mas, entre os que comentaram, há mulheres que defenderam a medida. “Prefiro viajar no colo do cão do que ao lado de um homem”. Outra leitora relatou que teve que viajar em ônibus quase vazio e notou que os outros passageiros eram do sexo masculino. “Fiquei tensa até o destino”, contou.
Portaria - A experiência de ter algumas poltronas reservadas apenas para mulheres já tinha acontecido anteriormente, de forma voluntária por algumas transportadoras.
Agora, pela portaria, o "Espaço Mulher" terá quatro poltronas em cada ônibus, com sinalização – como cores diferentes no revestimento ou no encosto de cabeça - indicando que são assentos de uso exclusivo delas. A mulher não pagará mais para adquirir essa passagem, o valor é o mesmo que dos demais assentos.
“Em qualquer assento do ônibus, nas rodoviárias, nas estradas, no embarque e desembarque, como em qualquer outro lugar, a mulher tem o direito de sentir segura e respeitada. E qualquer ocorrência de importunação ou assédio no Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal deve ser combatido e denunciado”, ressalta a diretora de Inovação e Relações Institucionais, Rejane Monteiro.
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