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Cidades

Com suspeita em MS, investigar gripe aviária é “rotina”, explicam avicultores

De acordo com o painel mais recente do Mapa, Mato Grosso do Sul já realizou 150 investigações

Por Lucas Mamédio | 23/05/2025 09:31
Com suspeita em MS, investigar gripe aviária é “rotina”, explicam avicultores
Granja de Montenegro (RS), foco confirmado em granja comercial há uma semana (Foto: Divulgação/MAPA)

O caso suspeito de gripe aviária registrado no município de Angélica, em Mato Grosso do Sul, está sendo tratado como parte do protocolo de rotina adotado no setor avícola, segundo afirma Franciele Corneli, presidente da Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul (Avimasul).  Ela destacou que, embora o episódio sirva de alerta, ações como essa são comuns no dia a dia do setor e fazem parte do sistema nacional de biosseguridade.

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O caso suspeito de gripe aviária em Angélica, Mato Grosso do Sul, faz parte do protocolo de rotina do setor avícola, segundo Franciele Corneli, presidente da Associação dos Avicultores de MS. O estado já realizou 150 investigações de suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, com 53 coletas para diagnóstico laboratorial. O Brasil completa uma semana desde a confirmação do primeiro foco de gripe aviária em granja comercial em Montenegro (RS) e monitora 11 casos suspeitos pelo país. O setor reforça as medidas de biosseguridade e aguarda o período de 28 dias de monitoramento para recuperar o status de país livre da doença.

“Nós acompanhamos diariamente as informações. Estamos em contato direto com a Iagro, temos grupos, fazemos reuniões. Diariamente acompanhamos as informações e levamos para o produtor tudo que está acontecendo, de forma atualizada”, afirmou Franciele.

De acordo com a presidente, o caso de Angélica envolve uma criação de subsistência e segue os procedimentos padrão estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A coleta de material foi realizada pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e encaminhada para análise em laboratório de referência, com previsão de resultado até este sábado (25).

“Para nós, dentro da nossa rotina de cuidados, casos suspeitos são normais, acontecem com muita frequência. É uma rotina de cuidados, não podemos considerar normal diante da influenza aviária, mas é parte do processo que seguimos há anos”, explicou Franciele.

Dados oficiais - De acordo com o painel mais recente do Mapa, Mato Grosso do Sul já realizou 150 investigações de suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves — que inclui a Influenza Aviária e a Doença de Newcastle. Destas, 53 resultaram na coleta obrigatória de amostras para diagnóstico laboratorial, conforme o protocolo que classifica esses casos como prováveis. O painel aponta ainda que atualmente há uma única investigação em andamento no estado, sem resultado laboratorial conclusivo, justamente a do caso suspeito em Angélica.

As investigações podem ser encerradas sem necessidade de coleta, caso a avaliação clínico-epidemiológica descarte a suspeita. Quando classificada como provável, como no caso de Angélica, a coleta de amostras é obrigatória, com envio para diagnóstico em laboratório oficial.

Esse dado reforça a fala da presidente da Avimasul, que explicou o funcionamento desse sistema. “Nosso diferencial em relação a outros países é que notificamos a Iagro em qualquer situação de mortalidade. Quem faz isso nas granjas comerciais são as sanitaristas. Nos criatórios de subsistência, alguém vê uma ave morta e chama a Iagro para fazer a coleta. Esse é nosso diferencial, que os outros países não têm”, frisou.

Com suspeita em MS, investigar gripe aviária é “rotina”, explicam avicultores

Confiança no sistema e reforço da biosseguridade - Apesar da preocupação, Franciele demonstrou confiança nos procedimentos adotados no Brasil, especialmente na avicultura comercial, que opera sob rigorosas normas de biosseguridade. “Dentro de uma granja comercial, biosseguridade é norma. Só se tem certificado de liberação para produzir se se pratica biosseguridade e se documenta isso. Tomar banho, trocar uniforme, ter vestiário, limitar acesso: tudo isso já é rotina”, detalhou.

Ela reforçou que, neste momento, o principal foco do setor é “redobrar essas normas”. “É o capricho. O que temos para fazer hoje é reforçar a biosseguridade. A Iagro faz o trabalho dela, o Ministério o trabalho dele e o produtor, via associação, faz o seu papel. E tudo vai dar certo.”

A presidente da Avimasul também destacou que o Brasil já entrou no período de 28 dias de monitoramento, conforme prevê o Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária. “Se nenhum caso positivo for registrado nesse período, voltamos a ser considerados um país livre de influenza aviária”, concluiu.

O Brasil chega a uma semana desde a confirmação do primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial no município de Montenegro (RS) e atualmente monitora 11 casos suspeitos distribuídos por várias regiões do país, incluindo Mato Grosso do Sul.

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