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Cidades

Governo descarta MS, por enquanto, e líderes do CV são transferidos para o PR

Ministério da Justiça estuda implementar rodízio entre as cinco penitenciárias federais

Por Gabriel Neris | 12/11/2025 11:08
Governo descarta MS, por enquanto, e líderes do CV são transferidos para o PR
Choque e My Thor compõem lista de transferidos para Catanduvas (Fotos: Reprodução)

O Ministério da Justiça decidiu transferir, nesta quarta-feira (12), sete chefes do CV (Comando Vermelho) para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. A unidade de Campo Grande, que chegou a ser cogitada para receber parte do grupo, foi descartada neste momento como destino dos presos. A informação é do jornal O Globo.

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O Ministério da Justiça transferiu sete líderes do Comando Vermelho (CV) para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. A decisão foi tomada após a megaoperação realizada em outubro de 2023 nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes. Entre os transferidos estão Marco Antônio Pereira Firmino e Alexandre de Jesus Carlos, ex-policial acusado de chefiar o tráfico em Manguinhos. O governo planeja implementar um sistema de rodízio entre as cinco penitenciárias federais para evitar a comunicação entre os líderes criminosos.

A escolta dos detentos é realizada por equipes da Polícia Penal Federal, que se deslocaram até o Rio de Janeiro para cumprir a operação. Após discussões internas, a estratégia definida pela pasta foi concentrar, temporariamente, as lideranças da facção em Catanduvas. A médio e longo prazo, o governo estuda implementar um rodízio entre as cinco penitenciárias federais - Catanduvas (PR), Brasília (DF), Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Campo Grande -, medida adotada com frequência para evitar a comunicação entre chefes de organizações criminosas.

A transferência dos sete chefes da facção foi solicitada pelo governo do Rio de Janeiro após a megaoperação realizada no dia 28 de outubro, que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Mesmo com 58 presos já custodiados no sistema federal antes da ação, a facção continuava ampliando seu domínio, o que levou as autoridades a reforçar o isolamento de suas lideranças.

Entre os nomes transferidos estão Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor), Wagner Teixeira Carlos (Waguinho de Cabo Frio), Rian Maurício Tavares Mota (Da Marinha), Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha), Agnaldo da Silva Dias (Naldinho), Fabrício de Melo de Jesus (Bicinho) e Alexandre de Jesus Carlos (Choque), além de outros três integrantes da cúpula do Comando Vermelho.

Dois dos dez já passaram pela Penitenciária Federal de Campo Grande, que agora ficou fora dos planos imediatos de transferência. Um deles é Alexandre “Choque”, ex-policial apontado como chefe do tráfico em Manguinhos e envolvido em um plano para matar o então deputado Fernando Francischini, em 2008. O outro é Eliezer Miranda Joaquim (Criam), liderança da Baixada Fluminense, que cumpriu pena em Mato Grosso do Sul em 2016.

O sistema federal também abriga Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, considerado um dos principais articuladores da facção. Ele está preso em Campo Grande desde janeiro de 2024 e, segundo investigações, continua exercendo influência sobre decisões internas do grupo, mesmo sob regime disciplinar rigoroso.