Leilão do HR marca início de modelo que vai “mudar a cara da saúde”, diz Riedel
Representantes do governo apontam inovação da PPP e mudanças na regionalização da rede hospitalar
RESUMO
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O governo de Mato Grosso do Sul realizou leilão para a Parceria Público-Privada do novo Hospital Regional na B3, em São Paulo. A Construcap CCPS Engenharia e Comércio venceu a disputa com proposta de R$ 15,9 milhões, representando deságio de 22%. O projeto prevê uma estrutura de alta complexidade, com gestão baseada em desempenho. A iniciativa integra um plano de transformação da rede estadual de saúde, que inclui a regionalização dos serviços. Segundo o governador Eduardo Riedel, o modelo inovador mudará significativamente a prestação de serviços de saúde no estado.
O leilão para a PPP (Parceria Público-Privada) do novo HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) reuniu autoridades estaduais e representantes do setor privado nesta quinta-feira (4), na sede da B3, em São Paulo. A concessão, estruturada pelo EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), recebeu cinco propostas, com valores entre R$ 15,9 milhões e R$ 20,39 milhões. A Construcap CCPS Engenharia e Comércio apresentou o menor valor: R$ 15.909.279,00, deságio de 22%, e venceu a disputa.
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A iniciativa faz parte de um amplo processo de transformação da rede estadual, pautado pela regionalização e por novos modelos de gestão hospitalar. O governador Eduardo Riedel (PP), presente ao evento, reforçou que o projeto está inserido em uma mudança estrutural planejada para todo o Mato Grosso do Sul.
“Que a gente possa mudar a cara do serviço de saúde para o estado de Mato Grosso do Sul. Essa nova arquitetura da saúde, ela vem empreendendo mudanças importantes em regionalização. Dia 20 de dezembro agora, a gente inaugura o Hospital Regional de Dourados, dentro dessa regionalização. E essa PPP é um modelo absolutamente inovador. O Hospital Regional vem somar e contribuir com essa nova arquitetura e essa transformação que a saúde vai passar no estado de Mato Grosso do Sul.”
O projeto do novo Hospital Regional prevê uma estrutura de alta complexidade, com operação baseada em desempenho e metas assistenciais. A PPP abrange construção, manutenção e gestão integrada de serviços não assistenciais, replicando experiências já consideradas referência no país.
O secretário de Saúde, Mauricio Simões, destacou o caráter inovador da proposta e sua relevância para elevar a qualidade dos serviços prestados.Ele enfatizou ainda o impacto direto no cuidado ao paciente.
“O processo de gestão de um novo modelo que certamente trará uma melhoria substancial na estrutura de saúde, e eu como profissional da saúde sei o quanto é relevante para você elevar a qualidade assistencial e a segurança do paciente. Esses são os dois aspectos que eu acho mais relevante que é a grande expectativa de toda a nossa equipe com essa nova parceria”, disse.
A Construcap, vencedora do certame, esteve representada pelo presidente Roberto Ribeiro Capobianco, que ressaltou não apenas a expectativa positiva, mas também a experiência acumulada pela empresa na operação de hospitais públicos.
“A expectativa é muito positiva, é um projeto que a gente desejava realizar, é um estado muito bom, é um governo sério, um governo empreendedor e nós vamos juntar todo esse ambiente favorável com experiências de mais de 10 anos que nós temos em Prontos e Hospitais para entregar um projeto muito eficiente, que vai ser um presente muito bom para a população do Mato Grosso do Sul.”
Capobianco também mencionou a atuação da empresa na gestão hospitalar. “A ConstruCap ela já é a única acionista da Inova, que opera três hospitais do estado de São Paulo, uma aqui na cidade, mais um hospital em Sorocaba em São José dos Campos. Três hospitais SUS.”
E detalhou os ganhos com processos mais eficientes. “São hospitais automatizados, que tem muita tecnologia, que gera uma economia para o Estado, por exemplo, na aquisição de medicamentos enormes. A nossa perda nos hospitais é zero. Se você olhar um hospital público normal, a perda de 20%, 22%, a nossa perda é zero de remédio. Então, só isso já representa uma economia muito grande, com o Estado. Além de toda a operação em si, que traz para o paciente, para o usuário do hospital, muito conforto, né? E um nível de atendimento igual aos dos melhores hospitais privados de São Paulo.”
Valores do leilão e classificação
A proposta da Construcap ficou abaixo do corte para classificação, que era de R$ 17.500.206,90. As outras ofertas foram:
- OPY Healthcare – R$ 17.550.000,00 (deságio de –13,96%)
- Consórcio Zhem MS – R$ 19.111.531,42 (–6,30%)
- Consórcio Saúde MS – R$ 19.784.616,30 (–3,00%)
- Consórcio Sonda Saúde MS – R$ 20.390.000,00 (–0,03%)
As duas últimas ficaram acima do limite e não avançaram para a fase seguinte.



