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Cidades

Na rede estadual, atividade remota vai virar nota e aluno pode reprovar

Atividades serão recebidas até final de novembro e no início de 2021 alunos serão avaliados para definir estratégia de reforço

Ana Paula Chuva | 07/10/2020 15:39
Estudante realizando atividade remota. (Foto: Governo de MS | Divulgação)
Estudante realizando atividade remota. (Foto: Governo de MS | Divulgação)

Ao contrário do pensamento de que esse ano ninguém reprova, os alunos da rede estadual de ensino podem sim reprovar, caso não entreguem nenhuma atividade remota até novembro de 2020. Além disso, o estudante também terá direito ao exame caso seja necessário, como em todos os anos letivos.

De acordo com o professor Hélio Daher superintendente de Políticas Educacionais da Sed (Secretaria Estadual de Educação) as atividades que foram desenvolvidas ao longo do ano durante a pandemia de covid-19, serão transformadas em nota pelas escolas e isso vai determinar a aprovação ou reprovação do aluno.

“Com o decreto determinando o fim do ano letivo de forma não presencial, todas as atividades pedagógicas complementares serão convertidas em nota. Deixamos o sistema de nota em aberto este ano. Algumas escolas já vêm fazendo essa conversão desde o começo da pandemia, mas outras fizeram apenas o relatório que será transformado em nota agora”, explicou.

Segundo o professor,   em Mato Grosso do Sul não haverá alteração do calendário letivo de 2020, ele será mantido e caso o aluno não tenha entregue nenhuma atividade ele poderá reprovar sim.

“Nós vamos manter o calendário letivo de 2020. O que acontece é que ele será fechado de forma não presencial. Mas nem todo mundo será aprovado. Os alunos que não mantiveram nenhum vínculo com a escola, não entregaram as atividades poderão ser retidos no ano sim”, destacou.

Mas ele destaca que caso o aluno ainda não tenha entregado nenhuma ou algumas atividades, dá tempo de não perder o ano. “Tem estudante e família achando que o ano está perdido, mas não está.  Os alunos que não devolveram as atividades podem  fazer isso até a última semana de novembro que é quando fechamos a nota do 4º bimestre para que o aluno possa inclusive fazer o exame, caso necessário”, destacou.

Hélio ainda lembra que as escolas vêm trabalhando junto com a secretaria na busca ativa desses estudantes e que a redução no número de alunos que não entregaram as atividades já diminui.

“Caímos de 20% para 15% no número de alunos que não devolveram as atividades, ou seja, até retiraram na escola, mas não devolveram. E caímos de 2% para 1% no número de alunos que sequer retirou a atividade na escola. Queremos que as famílias entendam que o ano não está perdido”, explica.

“Estamos inclusive organizando para que o aluno que não consiga realizar o exame de forma online, esse estudante faça presencialmente de forma agendada e individual, cumprindo dos protocolos de segurança”, completou.

Para 2021 – Ainda de acordo com o superintendente, para 2021 o calendário letivo vem sendo organizar para considerar as habilidades que apresentaram maior dificuldade para serem desenvolvidas em 2020 de forma a recuperar a aprendizagem dos estudantes.

“Óbvio que a aprendizagem foi muito impactada em 2020 e não será recuperada de uma vez, vamos levar um tempo nisso. Estamos organizando o currículo para ajudar nessa recuperação em 2021”, disse.

Sobre o retorno no contraturno, Hélio diz que não é pretensão da secretaria, mas que uma avaliação será feita no início de 2021 para nivelar os estudantes. “Nessa avaliação vamos definir os níveis dos estudantes e os que precisarem de atendimento separado, já estava inclusive previsto no nosso protocolo, vamos trabalhar o reforço no contraturno de forma a não sobrecarregar também o professor”, concluiu.

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