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Cidades

Peça-chave para levar armas e drogas de MS para o Rio é presa

Ex-mulher de "Galã", um dos principais líderes do PCC, Ana usava rede de contatos em MS para o tráfico

Por Dayene Paz | 03/07/2025 07:36
Peça-chave para levar armas e drogas de MS para o Rio é presa
Ana Lúcia durante prisão no Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução | TV Globo)

Operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu dois suspeitos de alto escalão do crime organizado brasileiro - um deles com forte ligação com a fronteira de Mato Grosso do Sul. Os alvos da Operação Bella Ciao, deflagrada nesta semana, são apontados como operadores do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV), as duas maiores facções criminosas do país.

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Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Ana Lúcia Ferreira, operadora do PCC, e Gustavo Miranda de Jesus, ligado ao Comando Vermelho. Ana Lúcia, ex-mulher de um líder do PCC, intermediou o envio de drogas e armas do Paraguai para o Rio, utilizando a fronteira de Mato Grosso do Sul. A investigação revelou um "consórcio" entre facções rivais para abastecer o tráfico no Rio, envolvendo logística e lavagem de dinheiro. Gustavo, operador financeiro, movimentou mais de R$ 250 milhões para o CV. Mato Grosso do Sul segue como rota estratégica para o crime organizado, destacando a necessidade de cooperação entre as polícias.

Segundo as investigações, Ana Lúcia Ferreira, presa na quarta-feira (2) em Taubaté (SP), era responsável por intermediar o envio de drogas e armas para o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, a partir da fronteira de Ponta Porã (MS) com o Paraguai.

Ex-mulher de Elton Leonel da Silva, o "Galã" - um dos principais líderes do PCC na América Latina - Ana tem longo histórico com a facção e usava sua rede de contatos em Mato Grosso do Sul para facilitar a logística do tráfico transnacional.

“A Ana tem uma ligação direta com o ‘Professor’ [líder do CV morto em junho]. Ela traz para o Rio o conhecimento que já tinha da região de fronteira. É uma articuladora que atua tanto para o Comando Vermelho quanto para o PCC”, disse o delegado Vinícius Miranda, responsável pela investigação.

"Consórcio do crime” - A investigação da Delegacia de Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) identificou uma espécie de “consórcio” entre as facções rivais, unidas para abastecer o tráfico no Rio. As conexões envolveriam logística de fronteira, lavagem de dinheiro e empresas de fachada.

Além de Ana, também foi preso Gustavo Miranda de Jesus, na quinta-feira (3), na Pavuna (RJ). Ele era o operador financeiro de Fhillip da Silva Gregório, o “Professor”, morto no mês passado. Gustavo movimentou mais de R$ 250 milhões em nome da facção, segundo a polícia, usando familiares e empresas falsas para lavar o dinheiro.

MS na rota do tráfico - Com uma extensa faixa de fronteira seca com o Paraguai e Bolívia, Mato Grosso do Sul segue sendo peça-chave nas investigações contra o crime organizado nacional. Facções como o PCC e o CV frequentemente utilizam a região de Ponta Porã, Coronel Sapucaia e Bela Vista como ponto de entrada de drogas e armamentos vindos do exterior.

A Operação Bella Ciao expõe mais uma vez o papel estratégico de MS como porta de entrada do crime transnacional, e reforça a importância da integração entre polícias estaduais e federais para sufocar as estruturas dessas organizações.

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