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Cidades

Rodovias de Mato Grosso do Sul têm 3º menor índice de pontos críticos do País

Segundo pesquisa divulgada pela CNT, o Estado fica atrás de São Paulo e Distrito Federal

Guilherme Correia | 23/01/2023 12:11
Trecho duplicado da BR-163, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Trecho duplicado da BR-163, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul possui a terceira menor taxa de pontos críticos nas rodovias em todo Brasil. Cerca de 0,1% das rodovias apresentaram problemas. Os estados com índices melhores foram São Paulo (0,08%) e Distrito Federal (0%).

Os dados foram divulgados pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e analisados pela reportagem nesta segunda-feira (23). Eles correspondem à média anual entre 2012 e 2021. Em outras palavras, uma ocorrência de falha foi constatada a cada 1.000 quilômetros.

De forma geral, no Brasil, as condições são piores em rodovias estaduais, sobretudo em estados das regiões Norte e Nordeste. Os com mais pontos críticos são Acre (3,93%), Amazonas (2,43%), Pará (2,14%), Maranhão (2,12%) e Ceará (2,03%).

Se considerar apenas o ano de 2021, último ano da pesquisa, o Estado teve o segundo melhor índice, de 0,02%, atrás apenas do Distrito Federal. Neste período, pior estado nesta métrica, o Acre teve 12,81% de pontos críticos em rodovias, valor centenas de vezes maior que o território sul-mato-grossense.

Nos anos de 2017 e 2018, o indicador estadual foi de 0,16% de pontos críticos em rodovias.

Em publicação no site oficial de notícias do governo estadual, o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Hélio Peluffo Filho, ressaltou que más condições em rodovias, como erosões, buracos e demais pontos críticos, devem ser revertidas com planejamento e investimentos, pois são prejudiciais para o setor de transportes e sociedade.

“Além de aumentar o custo do frete, impactam negativamente na segurança dos usuários. Por isso, investimentos na manutenção, conservação e recuperação são fundamentais para dar qualidade às rodovias e devem ser constantes, já que melhoram, inclusive, a produtividade dos setores econômicos”, analisa o secretário.

Dados da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística) e da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos ) apontam que só em 2021 foram investidos cerca de R$ 837 milhões nas rodovias estaduais. Em 2022, esse tipo de aplicação saltou para R$ 1,3 bilhão.

Os recursos saíram do Fundesul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul). Para este ano, a estimativa é de que R$ 1,2 bilhão em investimento seja destinado para as rodovias estaduais.

Privatizações - Segundo dados da própria CNT, apesar de possuírem melhores condições que as públicas, as rodovias privatizadas são minoria em território estadual. Cerca de 24% das analisadas pelo órgão são atingidas pelo setor privado e a maior parte, 76%, é administrada pela iniciativa pública.

No Estado, segundo a pesquisa, a maior parte dos quilômetros (47,8%) foi avaliada como tendo estado geral regular - 2.149 quilômetros de um total de 4.488 quilômetros de estradas que cortam o Estado. Outros 1.443 quilômetros foram considerados bons (32,2%), 449 quilômetros ruins (10%), 381 quilômetros como ótimos (8,5%) e 66 quilômetros como péssimos (1,5%).

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