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Cidades

Time de Francisco Cezário é libertado em Campo Grande, mas com tornozeleira

Capitão do time, Francisco Cezário, já estava em liberdade condicional desde 7 de junho

Por Jhefferson Gamarra | 27/06/2024 14:41
Umberto e Marcelo, no dia 28 de maio, quando Gaeco coletou depoimentos dos presos na operação, conversando com o advogado Guilherme Delmondes (Foto: Alex Machado/Arquivo)
Umberto e Marcelo, no dia 28 de maio, quando Gaeco coletou depoimentos dos presos na operação, conversando com o advogado Guilherme Delmondes (Foto: Alex Machado/Arquivo)

Nesta quinta-feira (27), o "time" de Francisco Cezário, presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), conseguiu sua primeira vitória na Justiça desde o início da Operação Cartão Vermelho, que investiga o desvio de R$ 6 milhões na FFMS.

A 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), presidida pela desembargadora Elizabete Anache, aceitou o pedido de Habeas Corpus e substituiu a prisão preventiva dos envolvidos por medidas cautelares, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Desde o dia 21 de maio estavam presos Rudson Bogarim Barbosa, gerente de Tecnologia da Informação da FFMS, que teve pedidos de Habeas Corpus negados duas vezes em instâncias anteriores, os irmãos Aparecido Alves Pereira, Valdir Alves Pereira e Francisco Carlos Pereira, Umberto Alves Pereira e seu filho, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira. Francisco Cezário, o líder do grupo, que já estava em liberdade desde 7 de junho teve a condicional mantida.

"O tribunal compreendeu bem a situação de todos e garantiu o direito de responderem ao processo em liberdade; agora é abraçar a família, os amigos e se preparar para uma longa e complexa disputa judicial", afirmou André Borges, advogado de defesa de Cezário.

O advogado Pablo Buarque Gusmão, que representa Rudson Bogarim, afirma que "de fato, não tinha mais os requisitos para manutenção da prisão preventiva, principalmente, levando em consideração que as investigações e medidas cautelares já se encerraram, inclusive, a denúncia foi recebida e estamos no prazo para apresentação da resposta à acusação".

Os investigados serão encaminhados à unidade mista de monitoramento virtual estadual para colocação dos aparelhos de monitoramento e posterior liberação. Eles têm um prazo de 10 dias para apresentar suas defesas no processo.

Cartão Vermelho - "Eterno" presidente Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira e integrantes da federação forma presos durante as buscas da Operação Cartão Vermelho, contra esquema que desviou R$ 6 milhões da Federação. A casa de Cezário - imóvel de alto padrão, localizado na Vila Taveirópolis, na Capital - foi alvo de busca e apreensão, onde agentes do Gaeco apreenderam mais de R$ 800 mil em espécie.

 A operação teve como objetivo cumprir sete mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

Em nota, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul informou que as investigações duraram 20 meses e revelaram a existência de uma organização criminosa dentro da Federação, cujo objetivo era desviar valores provenientes do Estado de MS (através de convênios, subvenções ou termos de fomento) ou mesmo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em benefício próprio e de terceiros.

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