Veja qual o dia mais perigoso para pegar estrada federal em MS
Estudo da Fundação Dom Cabral mostra que a BR-163 segue como o trecho mais crítico do Estado
Levantamento realizado pela FDC (Fundação Dom Cabral), com a base de dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), mostra que, em 2024, o domingo foi o dia mais perigoso nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, concentrando a maior parte dos acidentes. No ano, foram registrados 1.441 acidentes nas rodovias do Estado, número superior aos 1.372 contabilizados em 2023 e aos 1.331 de 2022.
RESUMO
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Em Mato Grosso do Sul, o domingo é o dia mais crítico para acidentes nas rodovias federais, respondendo por 22% das mortes registradas em 2024. O estado contabilizou 1.441 acidentes no último ano, superando os números de 2023 e 2022. A BR-163 concentra quase metade das ocorrências, com 648 registros. A maioria dos acidentes (81,9%) acontece em pista simples, sendo a saída de pista o tipo mais comum. Dos acidentes registrados, mais de mil resultaram em feridos e 119 em óbitos, com 80% das mortes ocorrendo em trechos retos das rodovias.
No recorte das vítimas fatais, o domingo respondeu por quase 22% dos casos, percentual bem acima do observado nos demais dias. A quinta-feira aparece em seguida, enquanto as quartas-feiras registraram o menor índice de mortes. Entre os acidentes com feridos, o cenário se repete no fim de semana: o domingo lidera e o sábado vem logo atrás, mostrando que o período concentra a maior exposição ao risco.
A BR-163 segue como o trecho mais crítico do Estado, com quase metade dos acidentes do ano (648). A rodovia se estende por 845,4 quilômetros em Mato Grosso do Sul, ligando Mundo Novo à divisa com o Mato Grosso. Na sequência vêm a BR-262, com 292 registros; a BR-060, com 118; e a BR-376, com 100 casos. As demais rodovias federais somam desde três até cem ocorrências ao longo de 2024.
O levantamento também descreve que a grande maioria dos acidentes (81,9%) ocorreu em pista simples, que também responde pelo maior índice de severidade. A justificativa para essa grande quantidade pode estar relacionada às ultrapassagens.
Do total de registros, mais de 1.000 deixaram pessoas feridas (69,67% dos casos), enquanto 119 resultaram em mortes e outros 318 não tiveram vítimas.
Quanto ao tipo de ocorrência, a saída de pista é a mais comum, seguida por colisões transversais e traseiras. Atropelamentos de pedestres, tombamentos e colisões laterais também aparecem com frequência. Os automóveis são os veículos mais presentes nas estatísticas, mas motocicletas e caminhões representam parcela significativa.
Entre os acidentes com mortes, o estudo destaca que quase 80% aconteceram em trechos de tangente, áreas retas antes ou depois das curvas, onde geralmente há maior velocidade e, portanto, maior gravidade.
O levantamento também expõe dados de 2018 a 2024 e detalha que ocorreram mais de 9 mil ocorrências neste período. A maior parte delas (72,5% dos casos) teve vítimas feridas, enquanto 19,6% não registraram vítimas e 7,9% tiveram vítimas fatais ao longo dos sete anos.
Ainda conforme o estudo, a maior parte dos acidentes registrados neste período de sete anos ocorreu em pleno dia (48%), seguida por 39,2% dos casos registrados em plena noite, 6,4% ao anoitecer e 6,3% ao amanhecer.
Ao analisar a média de ocorrências registradas em Mato Grosso do Sul nos últimos sete anos, é possível observar que, em 2018, o número de casos era quase 30% menor que o registrado no último ano. Desde então, os acidentes vêm aumentando gradualmente, com destaque para 2021, que teve o maior salto, alcançando 1.346 registros. Em 2022 houve uma leve queda, com 1.331 ocorrências, seguida de nova alta: 1.372 em 2023 e 1.441 em 2024.
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