3ª do País, Sala da Mulher Empreendedora mira na autonomia financeira
Espaço vai oferecer capacitação e auxílio na gestão financeira para fortalecer negócios liderados por mulheres
Cursos, capacitações e auxílio na gestão financeira são as principais bases do trabalho a serem realizados a partir desta segunda-feira (5) na 1ª Sala da Mulher Empreendedora de Campo Grande e no Centro-Oeste. O espaço foi organizado dentro da Semu (Secretaria Executiva da Mulher) em uma parceria entre prefeitura e Sebrae/MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
RESUMO
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A 1ª Sala da Mulher Empreendedora de Campo Grande foi inaugurada nesta segunda-feira, 5, em parceria entre a prefeitura e o Sebrae/MS. O espaço visa oferecer cursos, capacitações e suporte na gestão financeira, promovendo a formalização de negócios e a geração de empregos para mulheres, além de contribuir para a independência financeira e o rompimento de ciclos de violência. A sala, que funcionará na Secretaria Executiva da Mulher, já conta com iniciativas como o Projeto Empreenda Bem Mulher. A diretora-técnica do Sebrae/MS, Sandra Amarilha, destacou que, apesar do crescimento do empreendedorismo feminino no estado, muitos negócios não sobrevivem após três anos. A capacitação e a rede de apoio são essenciais para garantir a continuidade e o sucesso das empreendedoras.
A inauguração da sala, que é a terceira do País, foi realizada nesta tarde, após 46 dias desde que foi feita a assinatura do termo entre município e Sebrae. Hoje, durante a coletiva, a prefeita Adriane Lopes (PP) destacou que o trabalho que será desenvolvido a partir de agora dará mais chances de as mulheres serem donas do próprio negócio e de maneira formalizada, sendo um ponto positivo disso a geração de empregos.
“Esta sala vem trazer oportunidades reais para as empreendedoras da Capital, capacitando essas mulheres, tirando-as da informalidade e profissionalizando o trabalho, pensando no futuro”, pontua.
Com um negócio próprio, as mulheres também terão oportunidade de crescimento econômico e independência financeira. Fatores que, conforme a prefeita, podem também auxiliar no rompimento do ciclo de violência.
“Nós sabemos que, quando elas têm uma dependência financeira, estão em um ciclo de violência, é muito mais difícil delas saírem. Então, a Sala da Mulher Empreendedora vem somar às políticas públicas, trazendo resolutividade na prática, mudança de vida na prática”, enfatiza.
Durante a inauguração, a diretora-técnica do Sebrae/MS, Sandra Amarilha, apresentou alguns dados sobre o empreendedorismo no Estado. As mulheres ocupam 40% dos postos de trabalho e, só em Campo Grande, são contabilizadas 30 mil microempreendedoras. Além disso, as mulheres são responsáveis por colocar Mato Grosso do Sul como o segundo estado do país no ranking do empreendedorismo feminino, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.
Por outro lado, Sandra Amarilha evidenciou que boa parte desses negócios não passa do quarto ano. “Mas, ao mesmo tempo que nós empreendemos bastante, as empresas ainda morrem mais. Três anos depois de abertas, nós temos o maior número de mortalidade dessas empresas comandadas por mulheres”, diz.
Para mudar esse cenário, a rede de apoio e a capacitação são as apostas do Sebrae, conforme esclarece a diretora. “Essa rede de apoio para capacitação, para orientação, é para que esta mulher não só abra uma empresa, mas que ela possa sobreviver nesse mercado cada vez mais competitivo. É necessário que ela se sirva de ferramentas de conhecimento, de apoio, e que esses negócios possam prosperar”, fala.
A secretária executiva da Mulher, Angélica Fontanari, explica que a Semu já vinha desenvolvendo iniciativas, como o Projeto Empreenda Bem Mulher e a Escola de Capacitação para Mulheres. Mas, com a parceria do Sebrae, será possível suprir necessidades específicas para que essas mulheres consigam dar continuidade ao que já aprenderam. Uma das principais é em relação à documentação, por exemplo, a abertura e regularização de empresas.
“Nós vamos receber essa mulher para dar suporte técnico, essa parte documental, essa parte de legalização para ela sair da obscuridade, sair dessa ilegalidade e vir para o mercado de uma forma forte”, comenta.
Para que elas deem continuidade no próprio negócio, uma parte importante do projeto envolve a gestão financeira. Ângela fala que serão oferecidos cursos na área. “Aquelas que desejam empreender e não sabem por onde começar, elas vêm à Sala da Mulher Empreendedora, onde nós iremos ajudá-las na parte da documentação e também através dos cursos de gestão financeira para essa mulher abrir a sua empresa e ela não ficar no meio do caminho”, completa.
Com a parceria, as mulheres terão acesso capacitações, oficinas e atendimentos especializados. A unidade atenderá microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
A Sala da Mulher Empreendedora irá funcionar de segunda a sexta, dentro da Semu, na Rua 15 de Novembro, 1373. O horário de funcionamento é de 7h30 às 11h, das 13h às 17h. No local, duas funcionárias foram capacitadas para realizar esse atendimento exclusivo.
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