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Capital

Avó do 1º milagre de São Carlo se emociona com celebração: "gratidão"

Solange Vianna assistiu cerimônia em Campo Grande, com o neto Matheus, curado pelo jovem

Por Silvia Frias e Gabi Cenciarelli | 07/09/2025 06:34
Avó do 1º milagre de São Carlo se emociona com celebração: "gratidão"
Solange Vianna acompanhou a canonização em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

“O milagre pode acontecer com qualquer pessoa, basta ter fé, muita fé”. A aposentada Solange Lins Vianna, avó do garoto considerado o primeiro milagre de Carlo Acutis, estava emocionada ao fim da cerimônia de canonização do jovem italiano. “Para mim isso significa muito, porque sou pessoa que exerce a fé”.

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A aposentada Solange Lins Vianna expressou sua emoção durante a canonização de Carlo Acutis, que reconheceu seu neto, Matheus Vianna, como o primeiro milagre atribuído ao jovem italiano. Matheus, diagnosticado com um problema congênito no pâncreas, teve sua saúde restaurada após um evento religioso em 2013, onde tocou uma relíquia de Acutis. A cura de Matheus, considerada inexplicável do ponto de vista médico, foi aprovada pelo Vaticano, permitindo que Carlo Acutis fosse canonizado. Solange, que acompanhou a cerimônia ao lado do neto, destacou a importância do momento e a presença espiritual de sua filha falecida.

Solange levou o neto Matheus Vianna, 15 anos, para assistir à cerimônia na Paróquia São Sebastião, no Jardim Marabá. Por lá, uma estrutura foi montada para receber os fiéis que acompanharam, diretamente do Vaticano, a canonização presidida pelo Papa Leão XIV, evento que durou cerca de duas horas.

“É um momento muito importante, de realização, toda nossa gratidão se manifesta nesse evento”, afirmou Solange. Emocionada, disse que sentiu falta da presença da filha Luciana, mãe de Matheus, que morreu em junho de 2024, um mês antes da aprovação da canonização de Carlo Acutis. “Pela minha fé, acredito que ela estava presente lá em Roma, no céu”, disse.

O neto, Matheus, acompanhou a cerimônia ao lado da avó. “Ele não gosta de falar sobre isso, ele é autista, só fala em família, mas cresceu com a presença de Carlo na vida dele”, contou Solange.

Após a cerimônia de canonização, os fiéis saíram e devem retornar às 10h para a missa na Paróquia São Sebastião.

Avó do 1º milagre de São Carlo se emociona com celebração: "gratidão"
Matheus Vianna (meio) ao lado da avó (direita) assistiu a canonização (Foto: Juliano Almeida)

Milagre - Matheus Vianna foi diagnosticado com um problema congênito no pâncreas aos 2 anos de idade, que não o deixava se alimentar direito. Tudo o que comia ele vomitava.

Nos dois anos seguintes, os pais o levaram ao hospital ao menos uma vez por semana. Devido ao problema, ele estava sempre com anemia, desnutrição e desidratação e precisava tomar soro para se recuperar.

Após muita investigação, os médicos identificaram o problema como pâncreas anular: uma anomalia congênita que faz o pâncreas crescer de forma anormal, envolver o duodeno e provocar sua obstrução devido à compressão externa do intestino. Assim, nenhum alimento conseguia passar do estômago para o intestino.

Esses casos são tratados com cirurgia. No entanto, Matheus estava muito magro e fraco e não conseguiria suportar o procedimento.

Foi então que, no dia 12 de outubro de 2013, a família o levou à missa na comunidade Nossa Senhora Aparecida, onde seria realizada uma celebração em homenagem a Carlo Acutis. Um pedaço da camiseta dele, trazido ao Brasil por um padre, estava exposto como relíquia para a veneração dos devotos, que poderiam tocá-lo para fazer seus pedidos.

Ao voltar para casa, Matheus pediu para comer arroz, feijão, bife e batata frita. Comeu naquele dia e não vomitou. Também não vomitou nos dias seguintes. A família o levou para fazer um exame de ultrassonografia e o problema de saúde não existia mais.

Segundo o Vaticano, essa cura foi minuciosamente investigada pelas autoridades da Igreja e considerada inexplicável do ponto de vista médico, cumprindo os rigorosos critérios exigidos no processo de canonização para o reconhecimento de um milagre. Acutis, então, foi beatificado, terceira etapa do processo, na qual a Igreja autoriza que ele seja venerado pelos devotos em culto. Hoje, tornou-se São Carlo Acutis.

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