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Capital

Chuva provoca 33 alagamentos e derruba 35 árvores em Campo Grande

Danúbia Burema | 06/01/2011 19:54

Em pouco mais de 2h, Bombeiros receberam 76 chamadas

Funcionários de obra na Ernesto Geisel tentam retirar carro de área alagada. (Danúbia Burema)
Funcionários de obra na Ernesto Geisel tentam retirar carro de área alagada. (Danúbia Burema)

Em pouco mais de duas horas, a chuva que caiu sobre Campo Grande causou 33 alagamentos, derrubou 35 árvores e arrastou cinco veículos, conforme balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros.

No período das 14h27 às 16h56 foram feitas aos militares 76 solicitações de atendimentos. O mais inusitado deles foi o resgate de uma vaca levada pela enxurrada que foi encontrada no Rio Anhanduí na altura do bairro Aero Rancho.

Na Capital, o estrago alcançou casas, comércios e grandes construções. No Guanandi, todas as casas da rua Oriboca foram invadidas pela enxurrada. Na avenida Ernesto Geisel, vários comércios foram invadidos pela água do rio Anhanduí.

No local onde é construído um shopping, a água tomou conta do terreno e cobriu dois carros. Em frente, uma ponte que ainda está em construção foi interditada sob o risco de desmoronar. Nos fundos da obra, três casas de madeira foram praticamente destruídas pela chuva.

A água que desce dos bairros da região do Jóckei Clube invadiu o supermercado Fort Atacadista e as lojas ao redor. Até o estacionamento ficou coberto de enxurrada, que arrastou veículos e assustou os funcionários.

Outro supermercado atingido pelas águas foi o da Rede Econômica do cruzamento da Joaquim Murtinho com a Fernando Correa da Costa. Na avenida Gury Marques, um Uno foi arrastado pelas águas e a família que estava dentro teve que ser socorrida.

O Terminal Rodoviário Senador Antônio Mendes Canale também foi alvo da enxurrada, que invadiu praticamente todos os guichês onde são vendidas as passagens. No Cepol (Centro Integrado de Polícia da Capital), todas as salas foram invadidas pela água.

A forte enxurrada rompeu também a tubulação de esgoto que fica na Avenida Fernando Correa da Costa, na altura do viaduto da Fábio Zahran. Com o rompimento da tubulação, a água da chuva e do esgoto se acumulou logo abaixo do viaduto. Uma caminhonete e um caminhão foram invadidos pela água, mas ninguém se feriu.

Pós-enchente – Depois da chuva ficou um saldo de lama para moradores que tiveram as casas invadidas. Cansados de inundações, moradores do Guanandi fecharam a Ernesto Geisel por cerca de três horas pedindo providências.

Por conta do número de inundações, o Corpo de Bombeiros divulgou os procedimentos que devem ser adotados pelos moradores. O primeiro deles é buscar orientação da Defesa Civil pelo 199. O retorno à casa deve ser feito apenas durante o dia.

Na limpeza, é necessário usar botas e luvas e descontaminar os locais com água sanitária. Outra recomendação é para que as pessoas evitem reconstruir os imóveis destruídos pelas inundações no mesmo local, para que não sofram com o problema novamente.

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