Conselheiro Osmar Jeronymo é afastado do TCE; sobrinhos também são alvos
Também foi alvo o sobrinho do conselheiro, que é assessor de desembargador no TJMS
Além de afastar cinco desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a operação Ultima Ratio (equivalente a último recurso), deflagrada nesta quinta-feira (24) pela PF (Polícia Federal), afastou o conselheiro Osmar Domingues Jeronymo do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). Ele é atual corregedor-geral da Corte Fiscal. Também foi afastado Danillo Moya Jeronymo, sobrinho do conselheiro, mas que é servidor no TJMS. Diego Moya Jeronymo, sobrinho do conselheiro, é outro alvo.
É o quarto conselheiro afastado atualmente, também estão longe do trabalho,são investigados pelos crimes de fraude a licitação, apropriação de dinheiro público, falsidade ideológica e falsificação de documentos, os conselheiros Waldir Neves, Iran Coelho das Neves e Ronaldo Chadid.
Autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a ação de hoje é desdobramento da Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, quando foram apreendidos materiais com indícios dos crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT), com apoio da Receita Federal.
Os alvos no TJMS são os desembargadores Marcos Brito, Vladimir Abreu, Sergio Martins (atual presidente), Sideni Soncini Pimentel (presidente eleito) e Alexandre Bastos.
Alvo em 2021 - Dos conselheiros do TCE alvos da Mineração de Ouro, o mais citado na investigação foi Osmar Domingues Jeronymo, que chegou à Corte Fiscal, cargo vitalício, após ser secretário na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB). A posse no Tribunal de Contas aconteceu em primeiro de janeiro de 2015.
Na ação de 2021, a investigação da Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) colocou sob suspeita transações imobiliárias, como venda de imóvel para “cobrir” valor de R$ 1,6 milhão.
A reportagem apurou que a PF cumpriu mandado de busca e apreensão no residencial de luxo Damha, na saída para Três Lagoas, onde mora o conselheiro. O TCE vai se manifestar durante o dia sobre o afastamento.
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Matéria editada às 10h08 para correção de informação