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Capital

Defesa pede que R$ 1 milhão saia dos bens já bloqueados de Puccinelli

Alvo da Operação Lama Asfáltica tem até às 18h para pagar a fiança arbitrada por juíza federal

Anahi Zurutuza | 15/05/2017 15:31
André Puccinelli chegando ao Patronato Penitenciário de Campo Grande para colocar a tornozeleira eletrônica na quinta-feira (11) (Foto: André Bittar)
André Puccinelli chegando ao Patronato Penitenciário de Campo Grande para colocar a tornozeleira eletrônica na quinta-feira (11) (Foto: André Bittar)

Após não conseguir revogar ordem de fiança, a defesa do André Puccinelli (PMDB) tenta outra maneira de pagar o montante que garante a liberdade do ex-governador. O advogado Renê Siufi pediu que a Justiça Federal sequestre R$ 1 milhão das contas ou dos bens que estão bloqueados.

O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (15), prazo final para que Puccinelli pague a fiança.

Ainda hoje, portanto, o Judiciário deve se manifestar, podendo até estender o prazo de pagamento da fiança para que juiz possa tomar uma decisão, segundo o defensor.

Siufi contou que está em São Paulo devido a outros compromissos e vai monitorar a situação à distância. O advogado deve retornar amanhã a Campo Grande.Sobre Puccinelli, Siufi diz que ninguém, na situação que o político está, ficaria tranquilo.

Decisão – Na sexta-feira (12), a defesa de Puccinelli recorreu da decisão da juíza substituta da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Monique Marchioli Leite, que arbitrou a fiança de R$ 1 milhão. Mas, no fim de semana, a Justiça Federal negou o pedido.

De acordo com Siufi, a juíza não aceitou o argumento de que o dinheiro de Puccinelli já está bloqueado desde 2016. “O Ministério Público foi contra também, são contra tudo. Mas, ele não tem como pagar”, afirmou o advogado em entrevista ao Campo Grande News no sábado (13).

Ao negar o pedido de prisão preventiva do alvo da 4ª fase da operação Lama Asfáltica, a Justiça determinou uma série de medidas cautelares diversas da prisão: além da fiança, o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar da Capital por mais de dez dias sem prévia autorização judicial, recolhimento noturno a partir das 21h, proibição de estabelecer contato com os demais investigados e comparecimento mensal em juízo.

Em caso de descumprimento de qualquer uma das condições, poderá ser decretada a prisão preventiva.

A 3ª Vara Federal é especializada em crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes contra o SFN (Sistema Financeiro Nacional).

O patrimônio de Puccinelli não mereceu destaque no pedido de prisão que o MPF (Ministério Público Federal) fez contra ele. Mas, consta que a investigação descobriu vários indícios de que o ex-governador tem patrimônio em nome de laranjas.

A operação aponta desvio de R$ 150 milhões dos cofres públicos na gestão de Puccinelli. A força-tarefa para investigação também conta com a CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal.

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