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Capital

É ilegal: fiscais flagram condomínio popular com 30 casas vendidas ou alugadas

Agência que fiscaliza as moradias encaminhou relatórios à Caixa e beneficiários podem perder casas

Caroline Maldonado | 06/07/2022 09:09
Cndomínios Rui Pimentel I e II, no bairo Centro Oeste, entregues em 2019. (Fotos: Chico Ribeiro/Governo MS)
Cndomínios Rui Pimentel I e II, no bairo Centro Oeste, entregues em 2019. (Fotos: Chico Ribeiro/Governo MS)

Apesar de anúncios de venda de apartamentos do Residencial Canguru, em redes sociais, poucas horas depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) inaugurar o condomínio na quinta-feira (30), a agência que fiscaliza as moradias não encontrou nenhuma irregularidade.  Em contrapartida, nos condomínios Rui Pimentel I e II, entregues em 2019, mais de 30 beneficiários podem perder o apartamento por terem vendido ou alugado os imóveis.

Com 260 casas, os residenciais ficam no bairro Centro-Oeste, em Campo Grande. Prefeitura e governos federal e estadual investiram ao todo R$ 15 milhões no conjunto habitacional, cujas obras ficaram paradas por dois anos.

É proibido vender, ceder ou abandonar os imóveis adquiridos pelo programa Casa Verde Amarela por meio da Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) e também da Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul).

Segundo o diretor de atendimento, administração e finanças da Amhasf, Cláudio Marques Costa Júnior, são feitas fiscalizações constantes a partir das denúncias.

“Não identificamos nenhuma irregularidade no Residencial Canguru. Lá, só entraram famílias que realmente precisavam de moradia e não encontramos indícios de que estes moradores estavam negociando os imóveis”, disse Cláudio.

Segundo o diretor, com relação às irregularidades constatadas no condomínio Rui Pimentel I e II, foi encaminhado à Caixa um ofício ontem (5) com todas as informações apuradas. “Agora, estamos aguardando quais serão as providências tomadas pela Caixa”, detalhou Cláudio.

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