Falta de insulina e espera por consulta afetam pacientes com diabetes na Capital
Na rede pública, 935 pessoas aguardam por atendimento com endocrinologista
A falta das insulinas Lantus (glargina) e Novorapid (asparte) e de fita para medir a glicemia (índice de açúcar no sangue), além da demora para se consultar com um endocrinologista na rede pública, são dificuldades enfrentadas por pessoas com diabetes em Campo Grande.
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Após receber reclamações, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu, neste mês, investigação para apurar possíveis falhas na gestão dos medicamentos e da fita e também verificar se a quantidade de especialistas disponíveis para atender os pacientes é insuficiente, apesar da pressão sobre o sistema de saúde e do risco de morte que a doença crônica representa.
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A lista de espera para consultas com endocrinologistas tem 935 pacientes, e os primeiros da fila aguardam desde março de 2023. Sobre as insulinas, o MPMS adiantou que identificou fragilidade no controle de estoques e na entrega aos pacientes no CEM (Centro de Especialidades Médicas). Não há um sistema informatizado nem planilhas adequadas para a organização.
Secretaria responde - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou à reportagem que são ofertadas 474 vagas mensais com médicos endocrinologistas prestadores de serviço e explicou que apenas diabéticos que apresentam irregularidade ou resistência ao tratamento convencional recebem encaminhamento. Os demais são acompanhados em Unidades Básicas de Saúde da Família.
Sobre as insulinas e a fita, a pasta ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.
A Sesau terá que informar ao MPMS o número exato de endocrinologistas, a média de atendimentos, a situação atualizada do estoque de insulinas e fitas e as providências concretas do plano de ação para contratar novos especialistas e fazer o controle informatizado de insumos. "A Secretaria Municipal de Saúde informa que foi notificada e está dentro do prazo estabelecido para responder aos questionamentos", acrescentou.
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