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Capital

Greve de motoristas afeta creche e pais são orientados a voltar para casa

Sem limpeza e cozinha, Emei improvisa atendimento durante paralisação do transporte na Capital

Por Izabela Cavalcanti e Dayene Paz | 15/12/2025 08:37
Greve de motoristas afeta creche e pais são orientados a voltar para casa
Mães retornando à Emei Emy Ishida com os filhos (Foto: Dayene Paz)

A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande já provoca reflexos diretos no funcionamento de serviços essenciais, como, por exemplo, a educação. A Escola Municipal de Educação Infantil Emy Ishida Nascimento Nogueira, localizada na Avenida Antônio Maria Coelho, no Bairro Santa Fé, enfrenta dificuldades para manter a rotina nesta segunda-feira (15) devido à ausência de professores e funcionários que não conseguiram chegar ao trabalho.

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A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande está afetando serviços essenciais na cidade. Na Escola Municipal de Educação Infantil Emy Ishida Nascimento Nogueira, professores e funcionários não conseguiram chegar ao trabalho, causando transtornos para famílias que precisaram retornar com seus filhos para casa. A paralisação, iniciada em 11 de dezembro devido ao não pagamento integral dos salários, continua mesmo após o Consórcio Guaicurus ter efetuado 50% dos pagamentos devidos. A situação tem forçado adaptações emergenciais, com diretores assumindo funções na cozinha para manter o atendimento mínimo nas escolas.

Com o quadro reduzido, a unidade escolar tem se virado com os profissionais disponíveis para atender as crianças. A situação causou transtornos para famílias, e alguns pais dizem que foram orientados a retornar para casa por falta de condições de atendimento. Pouco tempo depois, mães receberam ligações da escola informando que poderiam levar novamente os filhos.

Um dos pais, que preferiu não se identificar, relatou que chegou atrasado à escola e encontrou o diretor na porta informando sobre a situação.

“Ele estava na porta perguntando se eu podia levar meu filho de volta para casa, porque estava sem o pessoal da limpeza e da cozinha por causa da greve”, contou.

Segundo ele, a situação era visivelmente difícil. “Eu vi que ele me olhou meio desesperado, entendi que eles não tinham alguém para cuidar. Preferi trazer de volta e ajudá-lo também.”

Outra mãe, que também não quis se identificar por receio de não ter onde deixar o filho, contou que inicialmente foi orientada a levar a criança de volta para casa, mas depois recebeu uma ligação da escola.

“Estão se virando com o que tem. Até a diretora foi para a cozinha. Como eu tenho que trabalhar, não tinha com quem deixar meu filho. De fato, teve a orientação de que algumas crianças não tinham como ficar”, relatou.

Já a pedagoga aposentada Enedir Maria, de 63 anos, conta que conseguiu deixar o neto no berçário. Ela retornou à escola apenas para levar a mamadeira que havia sido esquecida.
 “Eu vim trazer a mamadeira que meu filho esqueceu de trazer. A escola está funcionando normalmente, ninguém falou nada para mim”, afirmou.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para obter esclarecimentos sobre a situação e aguarda retorno.

Situação - A greve dos motoristas de ônibus foi decidida em assembleia no dia 11 de dezembro, após o não pagamento integral dos salários da categoria, que deveria ter ocorrido no dia 5 de dezembro.

Já no dia 12 de dezembro, o Consórcio Guaicurus informou ter efetuado o pagamento de 50% dos salários devidos, mas a medida não foi suficiente para suspender a paralisação.

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