“Grito dos Excluídos” muda rota para não encontrar apoiadores do presidente
Manifestantes pró-Bolsonaro ainda ocupavam praça onde seria ponto de chegada da passeata
Manifestantes que participam do “Grito dos Excluídos" mudaram a rota que fariam até a Praça do Rádio Clube para não encontrarem com grupo favorável ao presidente Jair Bolsonaro, que ainda ocupa o espaço que seria ponto de chegada e de culto ecumênico da passeata.
“A gente organizou nosso ato à tarde para não encontrar com eles. É uma falta de respeito, porque todos têm direito de se manifestar. Nós respeitamos o direito deles e agora, não respeitam o nosso”, comentou a professora Jaqueline dos Santos, de 29 anos.
Pelo cronograma, que já estava agendado e previamente divulgado, os manifestantes sairiam da Praça Ary Coelho pela Avenida Afonso Pena e terminariam o protesto contra o atual Governo Federal na praça, poucas quadras acima.
Depois de serem avisados que apoiadores do presidente ainda ocupavam o espaço, organizadores reformularam o trajeto e o grupo entrou na Rua 14 de julho em direção a Rua Antônio Maria Coelho. De lá, vão descer pela Rua 13 de maio e retornar para a Praça Ary Coelho.
“A gente está tentando fazer algo pacífico e eles querem vir para cima. Eles acham que só eles têm o direito de se manifestar, mas democracia não é isso”, afirmou o professor aposentado Neurandi Pereira de Oliveira, de 53 anos.
Para o engenheiro ambiental Antônio Carlos Sampaio, de 68 anos, a permanência do grupo oposto na praça é um ato de provocação. “Vamos continuar nossa passeata e não vamos aceitar provocação. Isso combina com as pautas deles, que são autoritaristas”, finaliza.