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Capital

Líder de facção baiana, condenado a 70 anos, se entrega à polícia na Capital

"Perna" tinha mandado de prisão por tráfico, roubo, porte ilegal de arma, associação criminosa e homicídio

Por Ana Paula Chuva | 20/09/2025 09:25
Líder de facção baiana, condenado a 70 anos, se entrega à polícia na Capital
"Perna" em uma das transferências de presídio (Foto: Evandro Veiga/ Arquivo Correio)

Foragido da Bahia e condenado a 70 anos, Genilson Lino da Silva, o “Perna”, se entregou à polícia na tarde de sexta-feira (19), no Centro Comercial do Coophavila II, em Campo Grande. Ele estava com mandado de prisão por envolvimento no assassinato do personal trainer Rodrigo Gama e também tem passagens por tráfico e estelionato.

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Genilson Lino da Silva, conhecido como "Perna", se entregou à polícia em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Com condenações que somam 70 anos de prisão, ele é procurado pelo assassinato de um personal trainer em Pernambuco e possui histórico criminal que inclui tráfico de drogas e estelionato. Considerado o preso mais perigoso da Bahia entre 2005 e 2018, "Perna" liderava uma organização criminosa e chegou a ser investigado pelo Congresso por comandar unidades penais baianas. Em uma operação, foram encontradas com ele duas pistolas e R$ 280 mil, além de possuir regalias como cópia da chave da própria cela.

Equipe da PM (Polícia Militar) foi acionada por volta das 14h30 de sexta-feira por comerciantes do centro que fica na Avenida Marinha. Quando os militares chegaram, foram informados de que Genilson queria se entregar. Os policiais conversaram com o homem e ele informou que estava com mandado de prisão em aberto.

Os policiais fizeram a consulta no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão) e encontraram a ordem judicial por condenação transitada em julgado de 70 anos, dois meses e 15 dias em regime fechado por tráfico, roubo, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

Também foi encontrada a ordem de prisão preventiva pelo assassinato do personal trainer. O crime aconteceu em 20 de fevereiro de 2023 dentro de uma academia em Caruaru (PE). A vítima foi atingida na nuca e morreu no local. Genilson, apontado como líder da facção Caveira, foi o mandante do assassinato.

Segundo o delegado Bruno Vital, a motivação do crime foi uma bronca que "Perna" levou do personal trainer por estar filmando outras alunas na academia durante a prática de exercícios. Além disso, Genilson estaria com ciúmes porque sua esposa seguia Rodrigo nas redes sociais.

Genilson, conhecido também como “General do Crime”, chegou a ser considerado o preso mais perigoso da Bahia, onde cumpriu pena entre 2005 e 2018. Ele era chefe de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas, roubos e homicídios.

O homem também foi alvo de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Congresso em 2009 por comandar unidades penais da Bahia. Alvo de operação na Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, Genilson tinha diversas regalias, inclusive cópia da chave da cela. Com ele foram encontrados duas pistolas carregadas e mais R$ 280 mil.

Ele acabou sendo transferido para a unidade penal em Catanduvas (PR), depois para o Presídio Federal em Roraima e, em 2018, foi levado para a Penitenciária de Segurança Máxima de Serrinha, a 180 km da capital baiana. Não há informações sobre quando ele chegou a Mato Grosso do Sul.

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