Você sabia? Maior exposição solar aumenta frequência do cio em gatas
Especialista alerta que o ciclo reprodutivo das felinas se intensifica no verão, dificultando o manejo
Você sabia que quanto mais horas de sol no dia, maior é a frequência do cio em gatas domésticas? A explicação está no chamado fotoperíodo, a duração da luz natural ao longo do dia, que interfere na produção hormonal dos animais e, consequentemente, no comportamento reprodutivo.
RESUMO
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A exposição à luz solar influencia o ciclo reprodutivo das gatas, aumentando a frequência do cio durante os períodos com mais horas de luz natural, como o verão. Este fenômeno, conhecido como fotoperíodo, afeta a produção hormonal, levando as gatas a entrarem em cio repetidamente. Especialistas apontam a castração como solução para evitar o desgaste do animal e crias indesejadas. Em Campo Grande, a castração gratuita é oferecida pelo CCZ e pela Subea para animais de tutores com CadÚnico. O CCZ disponibiliza agendamento online com abertura de vagas todo dia 20, além de cinco vagas presenciais diárias. A Subea realiza a castração após avaliação veterinária em sua sede, mediante apresentação de documentos e comprovante de residência. Para quem não possui CadÚnico, o CCZ cobra taxa para microchipagem.
A médica-veterinária Raphaela Megaioli de Oliveira, 25 anos, explicou ao Campo Grande News que, diferentemente das cadelas, que costumam ter o primeiro cio entre 6 e 8 meses, as gatas entram no cio várias vezes ao longo do ano.
“Elas entram em um cio após o outro, e a frequência aumenta no verão. Quanto mais horas de sol no dia, mais as gatas entram no cio. É muito complicado manter uma gata sem castrar, porque é cio sem parar”, afirma.
Estudos científicos confirmam a observação. Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, feita pela veterinária Ariane Damiani Scholten, mostra que fatores ambientais, como a exposição à luz, influenciam diretamente o comportamento reprodutivo dos felinos.
Outro trabalho, publicado na revista Frontiers in Neuroendocrinology, destaca que a melatonina, hormônio regulado pela luz, é peça-chave nesse processo. Durante o verão, a secreção noturna de melatonina diminui, favorecendo a liberação de hormônios sexuais e estimulando a reprodução.
Na prática, isso significa que gatas expostas a dias longos entram repetidamente em cio, o que pode ser desgastante para o animal e para os tutores. Por isso, especialistas reforçam que a castração continua sendo a medida mais eficaz para garantir bem-estar e evitar ninhadas indesejadas.
Onde castrar? - Os felinos podem ser castrados no CCZ (Coordenadoria de Controle de Zoonoses), ou na Subea (Subsecretaria de Bem Estar Animal), na Capital. O agendamento de felinos é feito pelo site oficial do CCZ, com abertura de vagas todo o dia 20 de cada mês.
Além disso, diariamente, de segunda a sexta-feira, o CCZ disponibiliza cinco vagas de forma presencial. A castração é feita de forma gratuita pelo órgão para aqueles que possuem CadÚnico (Cadastro Único) do Governo Federal. Caso não tenha o cadastro, o tutor deverá pagar a taxa da microchipagem no valor de R$ 15.
Para o animal ser encaminhado para castração pela Subea, deverá ter cinco meses de idade no mínimo. O agendamento é feito após avaliação com veterinário na sede da Subea, que fica na Rua Rui Barbosa, 3538 - Vila Alta. Tanto a consulta quanto a castração são gratuitos.
O tutor deverá apresentar documento com foto, comprovante de residência e NIS (Número de Inscrição Social) que pode ser obtido junto ao CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) mais próximo.
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