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Capital

Lojas de celulares são alvos de esquema que emitiu R$ 18 milhões em notas frias

Em empresa na Rua Ceará, a PF e a Receita Federal apreenderam iPhones

Por Aline dos Santos e Bruna Marques | 03/10/2025 08:05
Lojas de celulares são alvos de esquema que emitiu R$ 18 milhões em notas frias
Servidor da Receita Federal em loja no Jardim São Bento. (Foto: Bruna Marques)

Lojas de celulares em Campo Grande são alvos da Operação Ligação Familiar, que investiga esquema de contrabando com números robustos: R$ 18 milhões em notas fiscais frias e movimentações financeiras que alcançam R$ 290 milhões.

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Operação conjunta da Receita Federal e Polícia Federal investiga esquema de contrabando envolvendo lojas de celulares em Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. A ação, denominada Operação Ligação Familiar, descobriu a emissão de R$ 18 milhões em notas fiscais frias e movimentações financeiras de R$ 290 milhões. As empresas investigadas, vinculadas a um grupo de irmãos e amigos próximos, comercializam produtos importados irregularmente, principalmente celulares de alto valor. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, com participação de 14 auditores-fiscais, 29 analistas-tributários e 29 policiais federais.

A Receita Federal e a PF (Polícia Federal) estão na loja Carandá Imports, na Rua Rodolfo José Pinho. A loja foi aberta em 2023 e a principal atividade econômica é “reparação e manutenção de equipamentos de comunicação”.

Na Rua Ceará, no Jardim dos Estados, as equipes da Receita e da PF cumprem mandado na loja Universo do Celular. As equipes apreenderam celular, principalmente iPhone. No Jardim Itatiaia, o alvo é a Gold Imports, que compra celulares antigos e vendem capinhas. O Campo Grande News não conseguiu contato com os citados.

Lojas de celulares são alvos de esquema que emitiu R$ 18 milhões em notas frias
Equipe cumpre mandado em loja no Jardim Itatiaia. (Foto: Raíssa Rojas)

A ação contra lavagem de dinheiro e contrabando mira empresas em Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. As lojas vendem mercadorias de procedência estrangeira que entram irregularmente em território nacional, em especial, celulares de alto valor agregado.

A rede de empresas é vinculada a um grupo de irmãos e amigos próximos. Elas se destacam pela emissão de notas fiscais inidôneas, notas frias, que são utilizadas para acobertar a comercialização e o transporte de mercadorias, seja por transportadoras ou Correios. No período de janeiro de 2020 a abril de 2025, as empresas emitiram mais de R$ 18 milhões em notas fiscais de vendas e, de acordo com a análise bancária, realizaram movimentações financeiras de R$ 290 milhões.

Lojas de celulares são alvos de esquema que emitiu R$ 18 milhões em notas frias
Celulares sao apreendidos em loja na Rua Ceará. (Foto: Clara Farias)

As informações fiscais dos sócios dessas empresas apontam indícios de movimentação financeira incompatível, ocultação de renda e patrimônio, enriquecimento ilícito, além de outros indícios de fraudes tributárias.

São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. Os responsáveis poderão responder pelos crimes de descaminho e de lavagem de dinheiro. Participam da operação 14 auditores-fiscais, 29 analistas-tributários e 29 policiais federais.

Colaboraram Raíssa Rojas e Clara Farias

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