Lutador vira réu por morte em hotel, mas vai para prisão especial
O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida, acatou a denúncia contra o lutador de jiu-jitsu Rafael Martinelli Queiroz, 27 anos, acusado de agredir a namorada e matar o hóspede de um hotel na noite de 19 de abril deste ano. No entanto, como ele é portador de diploma de curso superior, o magistrado aceitou o pedido da defesa para que o acusado fique em cela especial no Instituto Penal de Campo Grande.
Queiroz vai responder na Justiça pelo crime de lesão corporal culposa em situação de violência doméstica por ter agredido a namorada Cala Maira de Medeiros Dias na noite do crime. Ele também é réu por homicídio doloso qualificado por motivo torpe e meio cruel e por ter impossibilitado a defesa da vítima, o engenheiro Paulo Cezar de Oliveira, 48.
Com a decisão, a defesa de Rafael terá 10 dias para apresentar a defesa. Ele vai tentar desqualificar a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) e alega problemas psicológicos para ter direito a tratamento em uma clínica.
Por outro lado, Garcete determinou a transferência do lutador de uma cela comum para uma sala especial. Os advogados de defesa, Darguim Julião Vilhalva Júnior e Fábia Zelinda Fávaro, alegaram que ele tem o direito constitucional à cela especial porque é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Católica Salesiana Auxilium e cursa pós-graduação pela Unitoledo.
O crime ocorreu na noite de sábado para domingo em um hotel na Avenida Afonso Pena. Após brigar com a namorada, Rafael teve um ataque de fúria e saiu destruindo o que encontrava pela frente no corredor do hotel. Ele acabou encontrando Paulo Cezar e o agrediu até a morte.
Logo após cometer o crime, o atleta ainda foi até o Circulo Militar e tentou participar do torneio, mas estava com as mãos sujas de sangue e foi impedido pela organização.