Sujeira em terreno de escola de samba é polêmica entre vizinhos
Em julho, reportagem mostrou situação do espaço; mato, entulho e carro alegórico permanecem no local
Terreno que abriga a escola de samba Deixa Falar, na Vila Nasser, em Campo Grande, continua sendo motivo de controvérsia entre os moradores da região. Localizado na Rua Professor Henrique Cirilo Corrêa, o espaço está com mato baixo, entulho acumulado e até carro alegórico no meio do quintal. Em julho de 2023, a reportagem já havia mostrado a situação, que segue dividindo opiniões.
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Terreno da escola de samba Deixa Falar, na Vila Nasser, em Campo Grande, gera divergências entre moradores devido ao acúmulo de entulhos e carros alegóricos. Enquanto alguns afirmam que a limpeza é realizada periodicamente, outros reclamam do abandono do espaço desde o último Carnaval. Voluntários da agremiação defendem o trabalho de manutenção e alegam que os próprios colaboradores e vizinhos se unem para custear a limpeza. Há um projeto para construção de um barracão destinado a guardar os materiais da escola, principalmente os carros alegóricos que atualmente ficam expostos no local.
Para alguns, como Ronald de Almeida, de 60 anos, morador da Rua José Ribeiro, que trabalha no almoxarifado de um hospital, a limpeza é feita, ainda que de forma intercalada. “Eles limpam, demora um pouco, mas limpam. Quando começam os ensaios, agora em setembro e outubro, dão uma geral. O ruim são essas coisas [carros alegóricos] que ficam pegando chuva, porque podem dar dengue”, destacou.
Ronald, que usa ônibus diariamente no ponto ao lado do terreno, afirma nunca ter visto escorpiões ou ratos no espaço e diz que, em casa, a família nunca enfrentou casos de dengue.

Para Carolina Corrêa, de 42 anos, professora e moradora em frente ao terreno, a realidade é diferente. “Antes funcionava aqui um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e era bem mais interessante, porque prestava um serviço à sociedade. Agora, esses entulhos estão aqui desde o Carnaval e há dois anos que a gente percebe o abandono. Antes, a escola era mais organizada; logo após a folia, faziam a limpeza”, disse.
Há três semanas, segundo ela, um rato entrou em sua casa. A professora, que já teve dengue três vezes desde que se mudou para o bairro há 17 anos, lamenta: “É uma pena porque eu gosto de Carnaval e apoio o evento cultural. O problema é que, quando o mato cresce, as pessoas aproveitam para jogar mais lixo”.
Por outro lado, integrantes da escola de samba defendem o trabalho realizado. Voluntária e moradora da região, Sônia Mara Santos, de 46 anos, afirma que os próprios colaboradores e vizinhos se unem para custear caminhões de limpeza e manter o espaço limpo. “Se for depender dos órgãos, não acontece nada. Esse ano já limpamos duas vezes. Rato não tem; sempre jogamos veneno. Se tivesse, já teria destruído os figurinos”, garantiu.
Para ela, parte das críticas decorre do preconceito com o Carnaval. “O que a gente mais precisa é de ajuda. Infelizmente, muitos moradores também jogam entulho aqui dentro”, afirmou, ressaltando que existe um projeto para erguer um barracão destinado a guardar os materiais da escola, principalmente os carros alegóricos.
A reportagem tentou contato com um morador que vive numa casa no terreno da escola, mas ele não quis se manifestar.

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