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Capital

MPE abre inquérito e entra na polêmica sobre viabilidade de Centro Pediátrico

Ricardo Campos Jr. | 16/07/2015 17:12
Secretário de Saúde defende projeto implantado no Centro da Capital (Foto: Arquivo)
Secretário de Saúde defende projeto implantado no Centro da Capital (Foto: Arquivo)

O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito para investigar o descumprimento da decisão do Conselho Municipal de Saúde contrária à criação do Cempe (Centro Municipal Pediátrico). A estrutura do local, atualmente batizado de PAI (Pronto Atendimento Integrado), está sendo questionada. 

Sebastião Júnior, coordenador da mesa diretora do conselho, afirma que o prédio não dispõe dos itens necessários para atender à legislação vigente.

“Para adequar seria necessário um grande investimento que custaria muito ao município. Além disso, como o espaço é alugado, seria como investir em algo que não é público. Hoje, até mesmo o serviço que oferece é inviável. O custo gira em torno de R$ 2,5 milhões, enquanto uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) custa R$ 1,5 milhão”, explica Júnior.

Segundo ele, o conselho atualmente se posiciona pela manutenção do serviço, mas em outro lugar.

O secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, afirma que é possível readequar o local. "Estamos fazendo um novo projeto e acrescentando algumas especialidades para fazer, inclusive, saúde do adolescente. Aquele local não foi aprovado como hospital, mas pode funcionar como ambulatório. Tem como adequar e colocar para funcionar", explica.

Sobre o inquérito, o secretário afirma que ainda não recebeu ofício a respeito da abertura e, portanto, não comentou as investigações.

Problemas - Arquitetos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde avaliaram o prédio e concluíram não ser possível fazer as obras de adaptação. Para essa ampliação seria necessário utilizar parte do terreno da escola estadual Joaquim Murtinho e do antigo prédio do Incra.

A estrutura atual dificulta, inclusive, o acesso de ambulâncias no local, além de não apresentar vias de escape de emergência.

Relatório do conselho questiona, além do aluguel, a defasagem de profissionais, pois seria necessária a contratação de mais 62 servidores, o que causaria um acréscimo anual na folha de pagamento da Sesau no valor de R$ 1.848.311,95.

O correto, conforme a entidade, seria seguir as normas do SUS, que orientam o oferecimento dos serviços de pronto atendimento pediátrico os na rede já existente, facilitando quem mora nos bairros.

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