Paralisação de médicos por falta d'água afeta atendimentos em CRS
Já houve retomada; unidade está sendo abastecida por caminhão-pipa e Sesau providencia reparo
RESUMO
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A falta de água no Centro Regional de Saúde (CRS) do Bairro Tiradentes, em Campo Grande, levou a uma paralisação de médicos nesta segunda-feira (8). O problema, que persiste desde sexta-feira (5), afeta sanitários e torneiras internas, dificultando o atendimento adequado. Apenas casos de urgência e emergência foram recebidos durante a paralisação, suspensa por volta das 10h. O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul foi acionado, mas não se manifestou até o fechamento da matéria. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que está providenciando caminhões-pipa para abastecimento e que o setor de manutenção atua para resolver o problema. Pacientes e acompanhantes relataram desconforto com a situação, enquanto a Águas Guariroba afirmou que o fornecimento de água na região está normal, sugerindo que o desabastecimento pode ser um problema interno do prédio. A Sesau reconhece que a medida emergencial ainda é insuficiente, mas garante esforços para normalizar o atendimento.
Problema recorrente, segundo profissionais de saúde que não se identificam por medo de represálias, a falta d'água no CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes, em Campo Grande, chegou ao terceiro dia nesta segunda-feira (8).
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A reportagem esteve no local e verificou que bebedouros e banheiro da recepção estão abastecidos, mas há relatos de que o problema segue internamente nos sanitários e nas torneiras utilizados por funcionários, pacientes e acompanhantes.
Por não terem condições de oferecer atendimento adequado e nem de passar o dia na unidade sem acesso à água, médicos chegaram a fazer uma rápida paralisação no início da manhã. Apenas casos classificados como urgência e emergência estavam sendo recebidos. O movimento foi suspenso por volta das 10h. O Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) foi acionado pelos profissionais, mas não se manifestou até o fechamento desta matéria ao ser questionado se tentou mediar a situação junto à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
"Vieram, mexeram, disseram que a água voltou, mas não deu 30 minutos e já acabou de novo. E nenhum comunicado oficial até agora. Desde sexta-feira (5) já voltou essa água umas três ou quatro vezes", contou um funcionário sobre a situação.
Outra funcionária da unidade que está respondendo provisoriamente pela gerência confirmou que houve uma paralisação momentânea dos atendimentos não urgentes e informou que a Sesau está a par do problema e está providenciando caminhões-pipa para abastecimento.
Pacientes - Ontem (7), a motorista de aplicativo Joice Branco, 39 anos, denunciou a falta d'água no CRS ao Direto das Ruas. Ela acompanha o pai idoso, que aguarda a liberação de uma vaga em hospital, desde sexta-feira. "O cheiro, desde o corredor, está um fedor só", contou. Até então, o pai estava internado no setor de emergência.

Enquanto aguardava atendimento médico nesta manhã, a dona de casa Célia Regina Damasceno Borges, 59 anos, comentou que ouviu falar sobre a falta d'água na unidade. Porém, ao chegar, viu que a água estava disponível normalmente nos bebedouros e no banheiro da recepção. A paciente enfrenta problema circulatório e acredita que ficará no CRS esperando a liberação de uma vaga em hospital, igual ao pai de Joice. "Fiquei sabendo que está acontecendo, mas espero que resolva logo", falou.
O auxiliar de serviços gerais, Lucas Eduardo, 29 anos, acompanha a esposa na espera por uma avaliação. Quando o casal conversou com a reportagem, afirmou que estava aguardando há cerca de 30 minutos e que a mulher ainda não havia passado por triagem. Com dois filhos pequenos ao lado, o casal afirmou que não teve de lidar com a falta d'água desde que chegou e que não sabia do problema. "Só estão demorando para atendê-la mesmo", falou o marido.

Rede - Também ontem, a assessoria de imprensa da Águas Guariroba informou que o fornecimento de água está normal na região e que o desabastecimento no CRS pode ser um problema no sistema próprio do prédio.
Em nota, a Sesau informou que o setor de manutenção está atuando com urgência para solucionar a situação.
"Desde sexta-feira (05), a unidade conta com o apoio de um carro-pipa para reforçar o abastecimento, porém a Sesau reconhece que a medida emergencial ainda é insuficiente. A secretaria está adotando todas as providências necessárias para normalizar o fornecimento de água, garantindo o atendimento adequado a pacientes, acompanhantes e profissionais da unidade", acrescentou a pasta.
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