Plantão de vacinação contra gripe em igreja começa com fila de 300 pessoas

Vacinação foi liberada por conta do aumento do caso de doenças respiratórias e superlotação de postos

Por Mylena Fraiha e Raíssa Rojas | 27/04/2025 09:35

Plantão de vacinação contra gripe em igreja começa com fila de 300 pessoas — Fila na sede da frente à Igreja Universal para vacinação contra a Influenza (Foto: Paulo Francis)

A manhã deste domingo (27) começou com fila de aproximadamente 300 pessoas para vacinação contra gripe na sede principal da Igreja Universal do Reino de Deus, localizada na Avenida Mato Grosso, 921, no Centro de Campo Grande. O plantão é voltado para todos os públicos e vai das 9h às 14h, sem intervalo.

Campo Grande realiza plantão de vacinação na Igreja Universal com alta demanda. Cerca de 300 pessoas formaram fila na manhã deste sábado (27) em busca de imunização contra Influenza e outras doenças. A ação, que segue até às 14h, disponibiliza todas as vacinas do calendário oficial, exceto para Covid-19 e dengue. A expectativa é atender 800 pessoas. A iniciativa visa ampliar a cobertura vacinal após baixa adesão dos grupos prioritários e superlotação em hospitais e UPAs devido a doenças respiratórias. A Prefeitura decretou situação de emergência em saúde pública na sexta-feira (26). A procura reflete a preocupação da população, como demonstram relatos de pessoas que madrugaram na fila para garantir a imunização. A estrutura montada pela Cruz Vermelha conta com quatro vacinadores e três tendas para atender a demanda.

A expectativa da organização é de que cerca de 800 pessoas sejam atendidas ao longo do dia. Para isso, a equipe conta com quatro vacinadores e três tendas montadas pela Cruz Vermelha, sendo uma destinada exclusivamente ao público prioritário. Estão disponíveis todas as vacinas do calendário oficial, incluindo a da Influenza, com exceção das vacinas contra a dengue e a covid-19.

A abertura da vacinação para o público geral foi uma medida anunciada pela Prefeitura de Campo Grande ontem (26), diante da baixa adesão entre grupos vulneráveis - como crianças, idosos e gestantes - e da situação de superlotação nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e hospitais.

Ontem (26), o município também decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e outras doenças sazonais, que têm pressionado a rede de saúde.

Entre os que chegaram cedo para garantir a imunização está Danielly de Sá, que levou os três filhos e os pais para receberem a dose contra a Influenza. Ela contou que decidiu ir ao mutirão na Igreja Universal por receio de faltar vacina nos postos de saúde. "A gente chega cedo para garantir. A falta que está da vacina, imagina se aqui não vai acabar, o tanto de gente que está aqui", relatou.

Outro que "caiu da cama" foi o vendedor Ruberti Santos de Oliveira, de 30 anos. Ele chegou ao local às 6h30 e explicou que decidiu se vacinar após acompanhar a esposa, que já tomou a dose por atuar na área da saúde.

No ano passado, Ruberti enfrentou complicações após contrair Influenza, o que agravou sua saúde. "Foi bem ruim, porque a minha imunidade abaixou e tive amigdalite bacteriana também. Aí fiquei mais ou menos seis meses. Ano passado foi bem ruim, por isso que já estou tomando. Minha esposa já tomou, porque ela trabalha na área da saúde. Aí eu já aproveitei, porque dia de semana eu trabalho também", relatou.

Responsável pela coordenação do plantão, a coordenadora de doações da Cruz Vermelha, Alessandra Coelho Escândalo, explicou que a estrutura foi organizada para facilitar o atendimento do grande público. As duas primeiras tendas são destinadas à vacinação contra Covid-19 e Influenza, enquanto a terceira atende quem busca vacinas corriqueiras, como a tríplice viral e hepatite.

"Estamos vendo uma quantidade de público além do que estamos acostumados. Nossas ações mensais costumam ser mais tranquilas. Esta, de hoje, é uma situação atípica, mas vamos manter a organização. Nossos voluntários estão orientando o público nas filas e, enquanto tiver demanda, vamos vacinar", afirmou Alessandra.