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Capital

Polícia terá de fazer reconstituição de crime que revelou “Pedreiro Assassino”

Por decisão judicial, perícia vai usar luminol em locais indicados pelo assassino confesso durante a simulação

Anahi Zurutuza | 21/09/2021 17:05
Preso, Cleber Carvalho mostra a policiais onde enterrou um dos homens que matou, no dia 15 de maio de 2020. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Preso, Cleber Carvalho mostra a policiais onde enterrou um dos homens que matou, no dia 15 de maio de 2020. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Por determinação do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) terá de fazer a reprodução simulada do crime que revelou o “Pedreiro Assassino”, em Campo Grande.

A pedido da defesa de Cleber de Souza Carvalho, 45 anos, matador confessor de sete homens, mesmo após quatro meses da descoberta do corpo de José Leonel Leonel Ferreira dos Santos, 61, durante a reconstituição, peritos terão de examinar locais indicados pelo acusado com luminol, substância que reage em contato com o sangue e libera luz azulada.

Os advogados do réu querem provar que Cleber agiu sozinho, sem a ajuda da esposa, Roselaine Tavares Gonçalves, 41. A filha do casal, Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho, 20, que foi presa junto com eles, responde a processo separado, após desmembramento por ser considerada inimputável em perícia médica, declarando-a como deficiente intelectual.

Ainda dentre os pedidos da defesa de Cleber deferidos, está o rastreio dos celulares de Roselaine e Cleber. O juiz Aluízio Pereira dos Santos mandou que as operadoras de telefonia sejam oficiadas e informem a posição das antenas e sinais dos celulares, além das ligações efetuadas nos aparelhos do casal na data e horário do assassinato de José Leonel. Os defensores alegam que a mulher estava na casa onde a família morava, na Vila Planalto, antes de se mudar para a residência que pertencia à vítima.

Militares do Corpo de Bombeiros retirando o corpo de José Leonel, enterrado no quintal de casa. (Foto: Adriano Fernandes/Arquivo)
Militares do Corpo de Bombeiros retirando o corpo de José Leonel, enterrado no quintal de casa. (Foto: Adriano Fernandes/Arquivo)

O crime – O corpo de José Leonel foi encontrado no dia 7 de maio do ano passado, enterrado em cova rasa, no quintal de casa, na região da Vila Nasser – norte da Capital. Uma semana depois, preso como suspeito o assassinato, Cleber confessou o crime e revelou ter matado mais e indicou para a polícia a localização dos corpos.

O “Pedreiro Assassino” vai a júri popular pela primeira vez no dia 10 de novembro, pelo homicídio de Timótio Pontes Roman, de 62 anos, o último cadáver desenterrado naquele dia 15 de maio, uma manhã de sexta-feira.

Além de José Leonel e Timótio, Cleber também é acusado de matar José Jesus de Souza, de 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, de 50 anos, Hélio Taíra, 74 anos, Flávio Pereira Cece, 34 anos e Claudionor Longo Xavier, de 47 anos. Todas as vítimas foram mortas com pauladas na cabeça.

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