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Capital

Policial morre por complicação em cirurgia e família acredita em erro médico

A família questiona a falta de explicações detalhadas sobre o ocorrido e a ausência de contato do médico

Por Bruna Marques | 05/05/2025 07:17
Policial morre por complicação em cirurgia e família acredita em erro médico
Fachada da Depac Cepol onde caso foi registrado (Foto: Juliano Almeida)

O policial militar Edvaldo Bernardo da Silva, de 60 anos, morreu neste domingo (5) após ser submetido a uma cirurgia na coluna. A família da vítima suspeita de negligência por parte da equipe médica responsável pelo procedimento, realizado no Hospital Cassems, em Campo Grande.

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Família denuncia possível erro médico após idoso morrer em hospital particular. Edvaldo, de 60 anos, faleceu domingo (5) após complicações em cirurgia na coluna. Ele havia sido operado em março para correção de "bico de papagaio", mas precisou passar por novo procedimento em abril devido ao deslocamento de pinos e placas. Durante a segunda cirurgia, houve rompimento da aorta. A família questiona a falta de explicações detalhadas sobre o ocorrido e a ausência de contato do médico responsável após o procedimento. O caso foi registrado como morte a esclarecer e o corpo foi encaminhado para exame necroscópico.

Conforme consta no boletim de ocorrência, a filha de Edvaldo relatou à polícia que o pai foi diagnosticado com "bico de papagaio" no final de 2024 e passou a ser acompanhado por um ortopedista. O médico teria indicado a necessidade de uma cirurgia na coluna lombar, realizada em março deste ano. Após o procedimento, o paciente permaneceu internado por quatro dias, sendo liberado em seguida.

Entretanto, cerca de 15 dias depois, Edvaldo voltou a sentir dores intensas. Exames apontaram que os pinos e placas implantados na cirurgia haviam se deslocado, o que levou à recomendação de uma nova intervenção cirúrgica, marcada para o dia 28 de abril.

De acordo com o boletim, o segundo procedimento foi realizado por meio de uma incisão abdominal, já que não era possível operar pelo mesmo local da primeira cirurgia. A abordagem, segundo o médico, apresentava riscos. Ao término do procedimento, um cirurgião vascular informou à família que houve uma grave intercorrência: o rompimento da aorta de Edvaldo. Nenhuma explicação detalhada sobre a altura ou a causa exata do rompimento foi dada aos familiares.

Após a cirurgia, Edvaldo permaneceu internado e apresentou piora progressiva em seu quadro clínico, vindo a falecer neste domingo. A filha relatou ainda que o pai era hipertenso, mas seguia tratamento adequado e não apresentava outras comorbidades. Ela também afirmou que todos os exames pré-operatórios haviam sido realizados.

Um ponto que gerou revolta na família, segundo o registro policial, foi a ausência de contato do médico com os familiares desde a realização da segunda cirurgia.

O caso foi registrado como morte decorrente de fato atípico, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. O corpo do idoso foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde será realizado exame necroscópico que poderá ajudar a esclarecer a causa da morte.

A reportagem está tentando contato com a Cassems para saber a versão da instituição sobre o ocorrido. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.

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