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Capital

Em meio a ações judiciais, família leiloa prédio das Americanas por 49 milhões

Espaço de três andares na Rua Dom Aquino pode ser arrematado em até 12 parcelas

Por Gustavo Bonotto | 07/04/2025 16:11
Em meio a ações judiciais, família leiloa prédio das Americanas por 49 milhões
Fachada do prédio em leilão, na Rua Dom Aquino. (Foto: Osmar Viega)

O grupo responsável pelo Shopping Center Cidade Morena abriu um leilão para vender o prédio ocupado pelas Lojas Americanas, na Rua Dom Aquino, região central de Campo Grande, por valor inicial de R$ 49 milhões. A venda ocorre por meio do site da leiloeira Dora Plat em meio a cobrança de R$ 24,1 milhões feita por investidores que compraram cotas do shopping, anunciado há 25 anos, mas nunca construído.

Embora apto para venda, o imóvel pertencente à SVV Participações e Empreendimentos Imobiliários LTDA, dos irmãos Fernando e Gioconda Saad, segue alugado à varejista até outubro de 2026, com contrato mensal de R$ 217.846,00.

Segundo o edital, a venda depende do não exercício do direito de preferência pela locatária, conforme determina a Lei do Inquilinato. O prédio possui quatro pavimentos, 12.028 metros quadrados de área construída e 3.600 metros quadrados de terreno.

A proposta pode ser feita à vista ou parcelada em até 12 vezes, com entrada mínima de 30%. A comissão da leiloeira é de 5% sobre o valor final. Após o encerramento do leilão, os vendedores terão até 10 dias úteis para decidir se aceitam a proposta de maior valor. O imóvel responde a duas ações judiciais em andamento.

Em meio a ações judiciais, família leiloa prédio das Americanas por 49 milhões
Prédio tem três pavimentos, na região central de Campo Grande. (Foto: Osmar Viega)

Na Justiça - Entre os processos, está uma cobrança da Platina Agropecuária Ltda, do empresário Sérgio Carlos de Godoy Hidalgo, que exige R$ 21,1 milhões da família Saad. A petição aponta que 20% da área onde o shopping seria construído foram vendidos a R$ 10 mil o metro quadrado, acima do valor de mercado. Outra ação, da Passaletti Modas Calçados e Confecções Ltda, da empresária Luciane Reia Galetti de Souza, cobra R$ 3 milhões após aquisição de cotas do mesmo empreendimento. Ela afirma que a obra estava prevista para 2011, mas nunca foi iniciada.

A empresária relata que recebeu várias justificativas dos representantes do grupo Saad, como busca de novos sócios e disputas internas, até o projeto ser substituído por um estacionamento.

O outro lado - Em nota enviada ao Campo Grande News, a SVV afirmou que os investidores formaram uma SCP (Sociedade em Conta de Participação) com a Saad Administração e Participação e que os imóveis continuam sob propriedade dos cotistas.

A nota também informa que a obra não foi realizada porque duas construtoras desistiram do projeto por razões de mercado. Sobre a Passaletti, o grupo afirma que houve distrato e a Justiça reconheceu a inexistência de dívidas. Quanto à Platina Agropecuária, o grupo alega que a ação também foi extinta e que a disputa deve ser tratada na Câmara de Arbitragem Brasil-Canadá, conforme cláusula contratual.

À época da nota, a SVV finaliza afirmando que “reitera seu compromisso com a transparência e a verdade dos fatos”, negando prejuízos a acionistas ou terceiros.

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