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Capital

Prefeitura diz que não tem como assumir creche ameaçada de fechamento

Sociedade São Vicente de Paula é a responsável pela creche Santa Fé e afirma não ter condições de continuar com as atividades

Izabela Sanchez | 05/11/2018 11:15
Prédio onde funciona a creche Santa Fé, na Rua Antônio Maria Coelho (Foto: Google Street View)
Prédio onde funciona a creche Santa Fé, na Rua Antônio Maria Coelho (Foto: Google Street View)

Tradicional em Campo Grande, a creche Santa Fé pode fechar as portas. É o que informou o presidente do Conselho Central da SSVP (Sociedade Sociedade São Vicente de Paula), Natalício Fernandes de Souza. A entidade já foi parceira da Prefeitura Municipal, mas a administração afirma que o convênio acabou em 2016 e não vai assumir os serviços.

Por meio da assessoria de imprensa, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) afirma que não houve reunião com a Instituição. “Não há possibilidade da Prefeitura assumir, a SSVP, não é instituição pública, a sua mantenedora é a própria SSVP”, afirmou a pasta.

A notícia revoltou pais e mães de crianças que frequentam o espaço e os pais reuniram-se com a administração. Uma das mães que preferiu não ser identificada afirma que uma nova reunião deve ocorrer durante a semana. “A gente pediu uma solução, ele ia marcar uma nova reunião, se vai realmente fechar, ele [administrador da creche] estava esperando uma resposta”, afirma.

“Hoje eu fui na creche levar meus filhos, essa reunião seria marcada no máximo na terça-feira (6). Hoje quando eu for buscar meus filhos vou querer um parecer, a gente está aguardando, mas existe grande chance da creche fechar”, declarou.

Fechamento - A creche funciona há 40 anos em um prédio localizado na Rua Antônio Maria Coelho. Na última quarta-feira (31), o presidente da SSVP afirmou a taxa paga pelos pais afirma não é suficiente para manter o local, já que entre as despesas estão os salários dos funcionários e insumos.

O espaço, afirmou, também perdeu a função social já que, hoje, tem em sua clientela crianças de classe média e alta, o que teria levado inclusive à perda de parcerias como a Mesa Brasil, que fornecia mantimentos para as refeições das crianças.

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