Prefeitura vai contratar 62 leitos nos hospitais de Câncer, Pênfigo e São Julião
Campo Grande enfrenta falta de vagas de internação durante alta de doenças respiratórias
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, informou hoje (5) que o total de 62 novos leitos de internação serão contratados no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, no Hospital Adventista do Pênfigo e no Hospital São Julião, em Campo Grande.
RESUMO
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Campo Grande ganhará 30 novos leitos para desafogar hospitais. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) anunciou a abertura dos leitos no Hospital de Câncer Alfredo Abrão e no Hospital Adventista do Pênfigo. A medida visa amenizar a alta demanda por vagas do SUS, acentuada pela circulação de vírus respiratórios. A secretária Rosana Leite admite que o número é insuficiente, e justifica a dificuldade de ampliação pela recusa de hospitais públicos, filantrópicos e privados em ceder mais vagas. Os novos leitos serão destinados apenas a adultos. A Sesau afirma ter buscado vagas pediátricas, mas Hospital Regional, Universitário, Santa Casa e demais instituições consultadas alegaram impossibilidade. Atualmente, 41 crianças aguardam internação em UPAs adaptadas, além de 200 adultos na mesma situação. A secretária Rosana Leite classifica a falta de leitos como um problema crônico na cidade e no estado.
Eles ajudarão a desafogar a demanda por vagas que afeta pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) na Capital desde março, quando começaram a circular vírus que causam doenças respiratórias.
A quantidade ainda é insuficiente, mas foi o que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) conseguiu, disse a secretária. Ela explica que foram feitas diversas tentativas de contratação em outras instituições, mas sem sucesso.

Apenas leitos extras para adultos serão abertos. Nenhum hospital pode disponibilizar vagas para crianças ou bebês, que têm sofrido mais com essas doenças em comparação ao ano passado, na Capital.
"Nós mandamos ofícios e a regra é a seguinte: primeiro se pergunta para os hospitais públicos, ou seja, o Hospital Regional e o Hospital Universitário, se têm capacidade de aumentar os leitos pediátricos e adultos também. A resposta deles foi não. A partir disso, eu sou autorizada a mandar para os hospitais filantrópicos. Mandamos para todos os filantrópicos, resposta negativa. Depois mandamos para os privados: Unimed e Cassems responderam que não tinham condições de ampliar leitos para nós", detalha.
O Hospital de Câncer e o Hospital São Julião são filantrópicos, enquanto o Pênfigo é privado. Os três possuem contrato com a Sesau e recebem repasses da Prefeitura de Campo Grande para atender pelo SUS.
"Para ativação destes leitos, o Município aguarda apenas resposta do Governo do Estado através de ofício", completou a Sesau.
Santa Casa - Ainda de acordo com Rosana, havia um boato de que a Santa Casa de Campo Grande poderia ampliar o número de leitos infantis contratados.
Porém, a resposta da instituição à pasta também foi negativa. "Nos enviou ofício na sexta-feira (2), dizendo que não consegue ampliar leito infantil", afirmou.
"A falta de leitos é uma doença crônica no Mato Grosso do Sul, em Campo Grande", finalizou a chefe da pasta.
À espera - Segundo a Sesau, todos os leitos disponíveis estão ocupados neste momento. Não há vagas. A Capital está em situação emergência devido a isso desde a publicação de decreto, em 26 de abril.
Dentre os pacientes com indicação de internação, mas que não estão em hospitais, 41 são crianças. Elas estão sendo tratadas em estruturas adaptadas nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Cerca de 200 adultos estão na mesma situação.
Matéria editada para alterar a quantidade de leitos inicialmente informada pela secretária de Saúde: eram 30, passaram para 62.
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