Rapaz confessa assassinato de idoso, mas fica em silêncio durante depoimento
Nicolas Cunha Gomes acreditava ter se vingado de um primo, e o pai dele foi quem acionou a polícia
O ajudante de pedreiro de 23 anos, preso pela morte de Ramão Lopes, confessou o crime aos pais alegando que havia se vingado de um primo. No entanto, em depoimento à polícia, ele optou por ficar em silêncio. O caso aconteceu na tarde de segunda-feira (6), na casa do autor, no Bairro Portal Caiobá. O vídeo mostra os dois chegando juntos, e é possível ouvir os gritos do idoso de 75 anos.
RESUMO
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Um ajudante de pedreiro de 23 anos foi preso após confessar o assassinato de Ramão Lopes, de 75 anos, no Bairro Portal Caiobá. Imagens de segurança mostram a vítima chegando à residência do autor, Nicolas Gomes Cunha, na tarde de segunda-feira (6). O crime foi descoberto quando Nicolas confessou aos pais, alegando ter se vingado de um primo. Seu pai encontrou o corpo enterrado no quintal e acionou a polícia. Ao ser detido pelo Batalhão de Choque, o suspeito, que faz tratamento para ansiedade, optou por permanecer em silêncio durante depoimento.
Na gravação retirada do auto de prisão, é possível ver o momento em que Nicolas Gomes Cunha chega em casa e abre o portão. O idoso está com ele e espera que o rapaz prenda os cachorros. Alguns segundos depois, o autor retorna e abre o portão para que Ramão entre; no entanto, a vítima permanece na entrada da residência e questiona se pode pegar algumas latinhas que estão por ali.
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Momentos depois, Ramão entra e vai até os fundos da casa onde Nicolas está. Dois minutos depois, é possível ouvir os gritos do idoso. Há um espaço de tempo e, então, aos 14 minutos e cinquenta e um segundos da gravação, o rapaz aparece sem camisa, saindo da residência. Ele mexe na bicicleta da vítima, que dispara o alarme.
Após 30 segundos, o rapaz retorna para a residência e, dois minutos depois, sai novamente. O vídeo tem quase 17 minutos de duração. Nicolas foi preso em flagrante pelo BPChoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar) ainda em frente à casa. Ele se apresentou espontaneamente como autor e detalhou o crime.
“Me vinguei” - Em depoimento, o pai do rapaz relatou à polícia que Nicolas toma remédio controlado e faz uso de droga. Por volta das 19h, ele chegou em casa e sua esposa contou que o filho havia feito “merda”.
Ao conversar com Nicolas, o rapaz teria dito: “Me vinguei do José Augusto; estou com minha alma tranquila, já que o senhor não teve coragem de fazer, eu fiz.” Ele ficou em choque e foi até o fundo da residência. No local, ele encontrou um pedaço de terra remexido, coberto por uma manta.
O homem retirou o tecido e, então, encontrou o corpo de Ramão. Ele retornou para a residência e disse a Nicolas que aquela pessoa não era José, seu primo. Em seguida, afirmou que acionaria a polícia e que o rapaz deveria se entregar, porque não havia criado “filho bandido nem assassino”.
Ao delegado Felipe Cândido Rossato, o rapaz optou por ficar em silêncio sobre o crime. Ele confirmou que faz tratamento para ansiedade com remédios controlados, mas negou usar drogas. Ao ser questionado sobre comunicar sua prisão a alguém, ele afirmou: “Esse tipo de situação é vergonhosa; eu não quero envolver mais ninguém”.
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