Lago do Amor passa por limpeza para evitar novos transbordamentos
Ação inclui retirada de galhos, pedras e sedimentos acumulados no canal
A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) realiza nesta semana a limpeza do canal do vertedouro do Lago do Amor, em Campo Grande. A intervenção é uma medida preventiva para que, durante o período chuvoso, o sistema opere sem risco de entupimentos e transbordamentos — como o que ocorreu recentemente, quando uma árvore caída bloqueou a passagem da água e provocou acúmulo no lago.
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A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande realiza a limpeza do canal do vertedouro do Lago do Amor, visando prevenir transbordamentos durante o período chuvoso. A ação inclui remoção de detritos e instalação de nova comporta para reduzir a pressão da água. O lago, localizado no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, enfrenta problemas crônicos de assoreamento. Em março, um transbordamento causou uma cratera próxima à Avenida Filinto Müller. Embora a limpeza atual seja importante, especialistas apontam que o desassoreamento completo seria a solução definitiva.
Segundo a secretaria, a previsão é concluir os trabalhos até o fim da próxima semana. A ação inclui retirada de galhos, pedras e sedimentos acumulados no canal, além de ajustes nas comportas responsáveis pelo controle do nível da água. Durante a vistoria técnica, os engenheiros observaram que a comporta atual, instalada na saída do vertedouro, faz com que a água desça com pressão excessiva, o que aumenta a chance de danos estruturais.
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“Estamos aproveitando a limpeza para implantar uma comporta na entrada do sistema, o que reduz a pressão e garante operação mais segura”, explicou equipe técnica da Sisep. O trabalho é feito por servidores e maquinário próprios da secretaria.
O Lago do Amor, localizado dentro do campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), enfrenta há anos problemas de assoreamento e acúmulo de sedimentos, o que reduz a capacidade de drenagem. A falta de desassoreamento tem sido apontada por especialistas como um dos fatores que agravam alagamentos na região — especialmente porque o lago recebe água de dois córregos, o Bálsamo e o Bandeira, que já registram sobrecarga em dias de chuva intensa.
Em março deste ano, o local chegou a transbordar, abrindo uma cratera próxima à Avenida Filinto Müller. Na época, o problema também foi causado pelo acúmulo de galhos e terra na comporta. Desde então, a Sisep vem realizando obras de contenção, recuperação das margens e reforço da drenagem.
Apesar das intervenções emergenciais, o lago ainda depende de recursos para uma obra mais ampla de desassoreamento e contenção dos afluentes, cuja verba não está prevista no orçamento atual da prefeitura. “A limpeza garante o funcionamento do sistema, mas o desassoreamento é a solução definitiva para aumentar a capacidade de retenção e evitar novos problemas”, reconhece a Sisep.
O serviço atual, embora paliativo, é considerado essencial para evitar que a pressão da água cause novos rompimentos ou erosões nas margens do lago — um dos principais cartões-postais da cidade e ponto tradicional de lazer e pesquisa dentro da universidade.