“Se vender, só guarda-chuva”: greve do transporte e chuva espantam clientela
Ponto tradicional do comércio, Camelódromo sente impacto nas vendas
“Se vender, só guarda-chuva”. A afirmação de Lilian Pereira, funcionária de loja na Avenida Afonso Pena, Centro de Campo Grande, é um termômetro do clima no comércio. A manhã desta terça-feira (dia 16) é marcada por tempo chuvoso e pelo segundo dia de greve dos motoristas de ônibus. O transporte coletivo leva boa parte dos consumidores à região central.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande, aliada ao tempo chuvoso, tem causado forte impacto no comércio local. Comerciantes relatam queda significativa no movimento de clientes, especialmente no Centro da cidade, onde o transporte coletivo é fundamental para o acesso dos consumidores. A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) projeta perdas de R$ 10 milhões apenas no primeiro dia da paralisação. A situação preocupa lojistas, que temem prejuízos nas vendas natalinas, período que prometia ser o mais lucrativo dos últimos 12 anos.
“Com a chuva, pode dar impacto porque o pessoal fica mais em casa. Então, agora vamos ver de manhã como é que vai ser. Eu acredito que hoje o movimento vai ser parado”, diz Lilian, que trabalha há uma década em loja de bijuteria e acessórios.
- Leia Também
- Segundo dia de greve surpreende quem achava que paralisação seria rápida
- Greve traz perda de R$ 10 milhões e ameaça melhor Natal em 12 anos, afirma CDL
Gerente de loja de maquiagem na Rua 14 de Julho, Taine Gregório afirma que o movimento caiu bastante. "Impactou muito. Porque é dezembro, um mês que a gente fatura alto. E isso prejudicou muito nas vendas, ainda mais que tem metas, sejam individuais ou total da loja. Então, são dois dias perdidos".
No Centro Comercial Popular Marcelo Barbosa da Fonseca, o Camelódromo, um dos pontos mais movimentados do comércio, a paradeira era tamanha que dava para escutar os comerciantes comentando sobre o tema da vez: a falta de ônibus.
Leandro Silva Araújo, vendedor em loja de roupas, conta que o movimento caiu, mas a esperança é de melhorar a partir de sexta-feira, quando é pago o 13º salário.
"A gente achava que a greve não iria impactar tanto no comércio, mas acaba impactando. O movimento ontem foi mediano. Um pai de família, uma mãe, que pega o ônibus e vem comprar as coisas aqui no Centro da cidade, já não vêm”, diz o vendedor.
Com o tempo chuvoso, o preço das corridas de aplicativos dispara, desanimando ainda mais a clientela.
Carlos Eduardo de Souza Costa, que trabalha em um box de eletrônicos, avalia que a greve no transporte coletivo reduziu o público presencial, enquanto a chuva dificulta as entregas das vendas online.
“A gente tem sempre uma expectativa de melhora. Agora, com a greve do ônibus, ficou pior ainda. As coisas já não estão fáceis, a economia já não está legal. Aí vai piorando, colocando mais obstáculos. A gente fica um pouco preocupado. Porque o boleto não para”, afirma Carlos.
Conforme a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), a projeção foi de perda de R$ 10 milhões somente ontem, primeiro dia da greve. O temor é que a paralisação afete as vendas para o Natal, diante da expectativa de ser o melhor em vendas dos últimos 12 anos.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.






