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Capital

Sem ambulância, eletricista que levou choque aguarda transferência em posto

Transporte particular fica em R$ 350, dinheiro que a família não tem; Sesau informou que irá apurar o caso

Jéssica Benitez | 12/02/2023 06:45
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Eletricista, Jesus Aparecido Pereira, 35 anos, aguarda desde o fim da tarde deste sábado (12) transferência para Santa Casa após cair de um poste de energia elétrica e ser levado pela família ao CRS (Centro Regional de Saúde) do Coophavila. A vaga já está disponível no hospital, porém não há ambulância para levá-lo.

O problema é recorrente na rede pública de saúde e se tornou alvo do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) na semana passada. Pai da vítima, o aposentado Celso Pereira Ramos contou ao Campo Grande News que o filho levou um choque após mexer no poste de luz e acabou caindo. Na queda bateu costas e cabeça.

“Ele está com muita dor, gemendo de dor e abandonaram ele em cima dessa maca. Estamos desde a meia-noite tentando fazer alguma coisa, mas eles dizem que não tem ambulância. São grosseiros, toda hora a gente leva coice aqui”, desabafou referindo-se ao atendimento no CRS.

Pela rede particular a transferência de Jesus fica em torno de R$ 350, dinheiro que a família moradora do Jardim Colorado não tem no momento. A Sesau informou que vai apurar o motivo de não haver transporte para o paciente até o momento.

Recorrente – Na semana passada o MPMS deu prazo de 90 dias para a Prefeitura de Campo Grande apresentar uma justificativa sobre a recorrente demora no atendimento das ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O pedido de esclarecimento dos fatos foi encaminhado pela primeira vez no dia 12 de janeiro, com prazo de 20 dias para a Sesau enviar resposta. Contudo, a pasta não retornou no tempo estipulado e o novo ofício foi protocolado em 4 de fevereiro. Desta vez, a prefeitura deverá responder até maio.

No mesmo dia a Sesau informou por meio de nota que o Samu opera com 11 viaturas no atendimento de vítimas de acidentes de trânsito, emergências clínicas e no transporte inter-hospitalar de pacientes.

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