Sesau institui medida de testes de HIV em mães que amamentam para prevenir bebês
Ainda conforme a secretaria, em 2023 e 2024 foram notificadas duas crianças com HIV via aleitamento materno
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) instituiu como medida de prevenção da transmissão vertical, a rotina de testagem rápida para HIV em mulheres que amamentam. A resolução foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande, na quinta-feira (12).
RESUMO
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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande instituiu a testagem rápida para HIV em mulheres que amamentam, a ser realizada a partir do primeiro mês pós-parto. O teste visa prevenir a transmissão vertical do HIV, especialmente pelo aleitamento materno. Resultado positivo indica suspensão imediata da amamentação, início do tratamento antirretroviral para a mãe e acompanhamento especializado para a criança, que receberá fórmula infantil gratuita. A medida reforça a prevenção após a notificação de dois casos de transmissão vertical em 2023 e 2024.
O teste deverá ser realizado a partir do primeiro mês após o parto e na rotina concomitantemente com as consultas de puericultura da criança.
O texto diz que quando o resultado for reagente (T1 E T2), deve-se orientar a suspensão imediata do aleitamento materno e notificar para HIV/Aids no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). A partir do diagnóstico, o início do tratamento com antirretroviral (TARV) é imediato na unidade de saúde.
Já a criança exposta ao vírus deverá ser encaminhada para acompanhamento pelo infectologista pediátrico no serviço especializado por meio do Sisreg (Sistema de Regulação Ambulatorial), e deve manter o cuidado compartilhado na unidade de atenção primária de referência, pelo menos até a definição de seu diagnóstico.
A criança exposta ao vírus do HIV receberá a fórmula infantil gratuitamente, em substituição ao leite materno, no serviço especializado (Centro de Doenças Infecto Parasitárias).
A Sesau informa que a resolução reflete uma ação de reforço nas medidas de prevenção à transmissão vertical do HIV, especialmente via aleitamento materno, e visa identificar precocemente possíveis casos de infecção que possam ter passado despercebidos durante o período gestacional e garantir que o bebê não seja exposto ao vírus.
“Essa medida visa identificar mulheres que, por algum motivo, não realizaram os testes rápidos ou não aderiram ao tratamento durante o pré-natal, garantindo que todas as mães que amamentam passem pelo exame. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde não recomenda o aleitamento materno por mães com diagnóstico de HIV, deve ser oferecida fórmula infantil para o bebê”, diz parte da nota.
Em 2023 e 2024, foram notificadas duas crianças com HIV por transmissão vertical via aleitamento materno. “Esse dado reforça a importância de continuar a vigilância e a implementação de medidas preventivas, incluindo o teste pós-parto para as mães que amamentam”, finaliza a secretaria.
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