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Capital

Subsecretária da Mulher diz que vai consultar polícia sobre "Caso Mayara"

Leonardo Rocha | 29/07/2017 11:06
Luciana Azambuja diz que vai buscar informações do caso com a Polícia Civil (Foto: Sedhast - Divulgação)
Luciana Azambuja diz que vai buscar informações do caso com a Polícia Civil (Foto: Sedhast - Divulgação)

A subsecretária de Políticas para as Mulheres de Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja, diz que vai entrar em contato e buscar informações com a Polícia Civil sobre o assassinato da musicista Mayara Amaral, de 27 anos, para avaliar se o crime se trata de um caso de feminicídio, com violência de gênero.

“Estou em agenda no interior do Estado nos últimos dias, por isso até o momento acompanhei pela imprensa, mas volto amanhã (30) para Campo Grande, onde vou entrar em contato com a Polícia Civil e com o delegado responsável, para ter acesso às informações”, disse ela, ao Campo Grande News.

Luciana quer saber qual foi a real motivação e objetivo do crime, para avaliar se o caso é típico de feminicídio, como entendem amigos, familiares e representantes de movimentos feministas. “Foi um crime bárbaro e absurdo de violência contra a mulher, mas antes de qualquer posicionamento, vou buscar todos os dados e informações sobre o caso”.

Ela ponderou que é preciso “gritar contra todas as formas de violência” e que a Subsecretaria de Violência contra as Mulheres, vinculada ao governo estadual, vai continuar atuando e trabalhando neste sentido. “Estes últimos fatos chocaram todo Estado e vamos fazer a nossa parte”.

Investigação - O delegado que  registrou o caso, Tiago Macedo, apontou o assassinato de Mayara Amaral, como um crime de latrocínio e de ocultação de cadáver, cuja pena prevista, somada, é de 33 anos. Ele no entanto ponderou que a tipificação pode mudar até o final da investigação, se tiver novos elementos ou fatos novos. 

Ainda está em investigação se houve estupro antes do assassinado da jovem. Macedo diz que a definição como latrocínio, é fruto de uma investigação baseada não só nos depoimentos dos suspeitos, mas em outras provas, que ele prefere não revelar, segundo ele para preservar a vítima.

“Neste caso, ao que tudo indica até o momento, não houve homicídio. O que aconteceu ali é que o autor, verificando a possibilidade de cometer um roubo, atraiu a vítima e teve como resultado deste crime, que é um crime contra o patrimônio, a morte da vítima".

O caso mudou de delegacia e agora está a cargo da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).

Crime - Três homens foram presos pela morte da musicista. De acordo com as investigações, um dos suspeitos, Luis Alberto bastos Barbosa, 29 anos, que é músico, alegou que tinha um relacionamento com a vítima e combinou um encontro com ela no motel, por volta das 22h de segunda-feira (24).

De acordo com a investigação, ele levou um amigo para o encontro, Ronaldo da Silva Moeda, 30 anos. As circunstâncias em que a jovem acabou no local com os dois homens não foram esclarecidas.

O plano da dupla, conforme a investigação, era roubar o carro e outros pertences de Mayara, e depois assassiná-la. Conforme a investigação, quando ela percebeu a emboscada, tentou reagir, mas acabou morta, ainda segundo as informações divulgadas pela polícia. O corpo foi parcialmente carbonizado, e jogado na região do Inferninho.

A defesa de Luis Alberto afirma que ele não viu o momento da morte e que participou apenas da ocultação do corpo.

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