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Capital

Três anos depois, estudante é condenado a 2 anos por matar Carolina no trânsito

Por ser réu primário, ele deve cumprir pena em regime semiaberto e pode apelar em liberdade

Mirian Machado | 30/04/2021 15:49
João Pedro, dentro da sala de audiência, no Fórum de Campo Grande, no dia 13 de agosto de 2019, quando foram ouvidas testemunhas (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)
João Pedro, dentro da sala de audiência, no Fórum de Campo Grande, no dia 13 de agosto de 2019, quando foram ouvidas testemunhas (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)

Após três anos e meio, João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 26 anos,  é condenado a dois anos e 7 meses de detenção pela morte da advogada Carolina Albuquerque Machado em acidente de trânsito, em frente ao Shopping Campo Grande. Na ocasião, o filho dela, de 3 anos  também ficou ferido.

Segundo a decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, além da alta velocidade em que conduzia o veículo, uma Nissan Frontier, foi considerado a culpabilidade do réu porque ele fazia ultrapassagens perigosas e arriscadas. Ele também considerou infrações de trânsito anteriores, "o que aponta a gravidade de seu rotineiro agir irresponsável no trânsito", pontuou na sentença.

Foi constatado ainda que João Pedro agiu com imprudência, apesar da vítima também concorrer para o gravíssimo acidente, quando desrespeitou o sinal semafórico ao cruzar a Avenida Afonso Pena no sentido bairro/centro.

Pela morte de Carolina, João também teve a suspensão da CNH por 7 meses. Já pela lesão corporal culposa do filho dela, foi condenado a 1 ano de detenção e suspensão da CNH por 4 meses. Tendo 48 horas para apresentar a CNH em juízo, além de 10 dias para pagar os custos do processo.

Por ser réu primário e de bons antecedentes, ele deve cumprir pena em regime semiaberto podendo apelar em liberdade.

Ainda no processo, foi relatado que haviam placas de sinalização indicando a velocidade máxima na Avenida Afonso Pena de 60 km/h enquanto o réu transitava em aproximadamente 115 km/h e a vítima seguia a 30 km/h.

Durante todo o processo, foram ouvidas 22 pessoas, além do réu.

Após colisão, carro da vítima capotou na Avenida Afonso Pena (Foto: Direto das Ruas/Arquivo Campo Grande News)
Após colisão, carro da vítima capotou na Avenida Afonso Pena (Foto: Direto das Ruas/Arquivo Campo Grande News)

Acidente - O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado, por volta da meia noite e meia do dia 2 de novembro de 2017. Carolina Albuquerque, de 24 anos, estava com o filho de 3 anos, quando o carro foi atingido pela caminhonete, conduzida por João Pedro, à época estudante de Medicina.

Baseado nas marcas de frenagem no chão, nos danos causados pela colisão nos dois veículos e outros vestígios encontrados na cena da morte de Carolina, a perícia determinou a velocidade que a caminhonete Nissan Frontier estava a 115 km/h.

O suspeito fugiu após o acidente e só se apresentou no dia 4 de novembro. Como já estava com mandado de prisão decretado, João foi detido e transferido para uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 50,5 mi e colocar tornozeleira eletrônica.

Em novembro de 2018, o réu ficou livre da tornozeleira, da ordem de recolhimento domiciliar noturno e restituiu o direito de dirigir. Agora, os dois últimos compromissos foram revogados. Somente o valor da fiança continuará recolhido porque, segundo o juiz, “em caso de condenação, poderá ser usada para cobrir eventuais custas, prestação pecuniária e indenização”.

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