Um mês depois, plano para recuperar o Horto fica em protocolo de intenções
Prefeitura e Fecomércio anunciaram parceria, mas última publicação na traz nada de prático

Mais de um mês após o anúncio de parceria que permitiria finalmente revitalizar o Horto Florestal de Campo Grande, estrutura central de lazer que está se deteriorando, ainda não foi divulgado um plano para a recuperação. Na semana passada, foi publicado um protocolo de intenções e nele consta apenas a intenção das partes de negociar os termos e as condições para a futura celebração de um instrumento de parceria.
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Mais de um mês após a formalização de uma parceria entre a Prefeitura de Campo Grande e a Fecomércio para revitalizar o Horto Florestal, ainda não foi apresentado um plano de recuperação para o parque, que permanece interditado. O protocolo de intenções publicado recentemente apenas indica a intenção de negociar os termos da parceria, sem detalhar as intervenções. O investimento previsto é de cerca de R$ 1 milhão, com intervenções necessárias como a recuperação do campo de bocha e do orquidário. O espaço, que já foi um importante local de lazer, está fechado desde março e possui um histórico de fechamentos e reaberturas. A prefeitura está realizando um inventário das árvores do Horto, enquanto a discussão sobre os termos da parceria deve durar 60 dias.
No começo de setembro, a Prefeitura e a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul) formalizaram um termo de cooperação, com indicativo de que o setor investirá cerca de R$ 1 milhão no parque. A primeira divulgação de que o setor do comércio recuperaria o local surgiu em agosto e seria feita por meio de um convênio envolvendo o Sesc (Serviço Social do Comércio) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
Com a publicação do extrato do protocolo de intenções, na semana passada, a reportagem tentou em mais de uma ocasião saber quais serão as medidas a serem implementadas pela entidade.
Pelo protocolo, que sinaliza a intenção de uma futura parceria, ela envolveria “permissão/cessão de uso ou instrumento jurídico similar para a administração, manutenção, conservação e manejo”. O documento aponta que não haverá transferência de recursos, sendo que cada parte assumirá os ônus relacionados às obrigações que deverá concretizar. O extrato informa que essa fase de discussão de termos e condições deve durar 60 dias, a contar do dia da assinatura, feita entre a prefeitura e a Fecomércio, em 8 de setembro.
Na ocasião em que divulgaram a parceria, foi anunciado que entre as intervenções necessárias estão a recuperação do campo de bocha, do orquidário e dos espelhos d'água. A Prefeitura ainda avisou que está fazendo o inventário de todas as árvores do Horto Florestal. O espaço de lazer, que já foi um dos mais movimentados da cidade, está fechado desde março, com um histórico anterior de fechamentos e reaberturas.
Ele passou por reformas em 2015, após um período de falta de manutenção. Funcionou por um período e fechou durante a pandemia. No ano de 2020, chegou a ser anunciada nova intervenção, mas a empresa selecionada desistiu da empreitada. Em julho deste ano, um grupo protestou em frente ao parque, cobrando a revitalização e liberação para uso da comunidade.