Em 3 meses, apreensão de cocaína pela PF atinge metade do total de 2011
Em três meses, a Polícia Federal apreendeu 1,5 tonelada de cocaína em Mato Grosso do Sul. O número é quase metade da quantidade da droga recolhida pela corporação ao longo de 2011.
No ano passado, a corporação apreendeu 3,4 toneladas da droga contra 3,2 toneladas em 2010.
Só no dia 16 de fevereiro, em Corumbá, policiais federais, em conjunto com policiais militares e rodoviários federais, apreenderam 674 quilos de cocaína em Corumbá. A droga era transportada nas laterais de um caminhão Scania, placas de Álvares Florence (SP). A carga foi avaliada em aproximadamente R$ 6 milhões.
Já a quantidade de maconha apreendida pela PF totaliza 2,8 toneladas até agora. Ao longo de 2011 foram 58,4 toneladas da droga recolhidas contra 35,7 em 2010.
A quantidade de haxixe apreendida nos três primeiros meses de 2012 foi de 400 quilos. No ano passado foram 92,9 quilos da droga, sendo que em 2010 foram 27,8.
Reforço - O superintendente da Polícia Federal no Estado, Edgar Marcon, destacou os números frente à defasagem do efetivo da Federal em MS.
“Pelo aumento de substância entorpecente apreendida é com um efetivo menor que o ano passado, quer dizer, com um efetivo menor apreendemos quase metade do que o ano passado. Quer dizer que com menos gente temos que nos desdobrar para fazer mais. E se tivesse mais gente teríamos apreendido mais”, explicou.
Segundo Marcon, a PF nunca vai ter o efeito necessário para cobrir a fronteira por conta da longa faixa de extensão.
Para o superintendente, a abertura de 600 vagas da Federal para estados em regiões de fronteira vai ajudar, mas não é o suficiente. “Não existe um número ideal (de vagas) para suprir a demanda”, pontuou.
O delegado acredita que falta incentivo do Governo Federal para que policiais sejam lotados nas fronteiras. “Ninguém quer trabalhar na fronteira. O concurso é nacional e são poucos que querem sair de uma região do litoral para vir para a fronteira, cheia de problemas”, disse.
No entanto, conforme Marcon, as expectativas são boas. Ele revela que a União tem sinalizado que estuda a possibilidade de instituir gratificação para policiais que trabalham na fronteira e moradia para os servidores lotados nas regiões, a exemplo de militares das Forças Armadas.