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Interior

Criança indígena de 1 ano morre com quadro de desnutrição e desidratação

Viviane Oliveira | 28/05/2015 11:10

Criança indígena da etnia Kaiowá, de um ano e um mês, morreu no Hospital Regional de Amambai, distante 360 quilômetros de Campo Grande, com quadro grave de desnutrição, desidratação e diarreia. O menino pesava 4,9 quilos com mais de um ano de vida.

De acordo com o site Dourados Agora, o bebê deu entrada no último dia 18, às 20h20, ficou no balão de oxigênio, mas não resistiu. A criança já ficou internada por outras vezes na unidade de saúde. No dia 20 de novembro do ano passado, o bebê, que na época tinha 8 meses, foi tratado de fraturas depois que caiu do carrinho.

No dia 10 de abril deste ano, a criança deu entrada no hospital com lesão por assaduras. A mãe não esperou o término dos atendimento médico e fugiu da unidade, lavando o filho. Conforme o site, a mulher não tinha paradeiro certo dentro das aldeias da região de Amambai.

Conforme o Conselho Local de Saúde Indígena, houve negligência da família e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena. As equipes de Saúde deveriam ter detectado a doença do menino e tomado providências em relação ao quadro, segundo o conselho em entrevista ao site.

Revolta - No ano passado, a comunidade indígena de Amambai, formada por 13 mil índios, protestou contra o sucateamento do polo regional da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), com sede em Amambai. Além da falta de medicamentos, a comunidade denunciou que profissionais de saúde trabalham com equipamentos obsoletos e são obrigados a usarem viaturas e transportar pacientes em ambulâncias sucateadas, entre outros problemas administrativos. 

Em nota ao Dourados Agora, a assessoria de imprensa da Sesai informou que a morte da criança é um caso isolada. Conforme o órgão, a criança não ficou sem assistência das equipes de Saúde e que a mãe fez a retirada dela do hospital sem receber alta.

A Sesai informou ainda que a família mudou de aldeia por 5 vezes, o que dificultou a localização. As equipes também enfrentavam resistência da mãe e que este é o segundo filho do casal que morre por desnutrição por falta de cuidados da família. O órgão afirma que um dos grandes avanços da Secretaria foi a redução de desnutrição em Mato Grosso do Sul. Em 2007 centenas de crianças indígenas morreram por desnutrição nas aldeias do Estado.

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