Agepen estima que penitenciária volte à normalidade só em 20 dias
As 16 horas de rebelião no Presídio de Naviraí, na quinta-feira (4), causaram destruição de várias áreas da unidade prisional.
O local opera de forma emergencial, segundo o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa, e deve levar de 15 a 20 dias para ser totalmente restabelecido.
Ele contou que áreas como solário, cozinha, sala de aula e pelo menos seis celas ficaram bem comprometidas e precisarão ser reformadas.
“Iniciaremos na segunda-feira (8) o levantamento do quanto será necessário para a reforma”, disse. A princípio, visitas estão suspensas, presos já foram transferidos, sendo 25 para a penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande e outros 25 para o presídio de Dourados.
“Provavelmente eles estariam ligados diretamente à rebelião, mas ainda estamos apurando as informações. O que já sabemos é que eram lideranças negativas na penitenciária”, declarou Ailton Stropa.
Além da remoção dos detentos, outras medidas também foram tomadas, como a suspensão das visitas. A administração acredita que nem mesmo no Dia dos Pais a visita seja liberada. “É uma questão de segurança tanto para os visitantes, quanto para quem trabalha no Sistema Prisional”, justificou.
Além da destruição de parte da unidade, o motim também teve como saldo dois mortos. O estopim da rebelião teria sido disputa de facções pelo domínio do crime organizado na região sul do Estado.
Tudo começou no início da tarde de quinta-feira, após o banho de sol, quando os presos se recusaram a retornar para as celas e deram início a uma briga entre eles, que evoluiu para a rebelião.
A rebelião durou 16 horas. Luiz Fabiano Bezerra, 36, o “Zorba”, e Fernando Florentino da Silva, também de 36 anos, foram executados por companheiros de cela.