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Interior

Após negociação com polícia e prefeito, sem-terra deixam área da Itaipu

Helio de Freitas, de Dourados | 19/01/2016 17:20
Sem-terra da FNL deixaram área de preservação ambiental da Itaipu em Mundo Novo (Foto: Divulgação/PMA)
Sem-terra da FNL deixaram área de preservação ambiental da Itaipu em Mundo Novo (Foto: Divulgação/PMA)

Os trabalhadores sem-terra da FNL (Frente Nacional de Luta Campo e Cidade), que nesta terça-feira (19) bloquearam a BR-163, no município de Mundo Novo, a 419 km de Campo Grande, deixaram nesta tarde o Refúgio Biológico de Maracaju, uma área de preservação ambiental pertencente à Usina Itaipu Binacional.

A negociação foi feita por policiais militares ambientais e representantes da prefeitura. Segundo a PMA, o refúgio é uma área de proteção ambiental adquirida pela empresa binacional de Itaipu. O espaço abrange terras em litígio envolvendo Brasil e Paraguai e passa por trabalho de reflorestamento, que já fez a restauração de 620 dos 1.356 hectares.

Conforme a assessoria da PMA, os sem-terra ameaçavam desmatar toda a área de 700 hectares dentro do Brasil, no município de Mundo Novo. O líder do grupo teria afirmado em entrevista a uma rádio de Mundo Novo que faria o desmatamento.

Após a negociação com o comandante da PMA em Mundo Novo e com o prefeito Humberto Amaducci (PT), os líderes do grupo se comprometeram a não fazer o desmatamento da área protegida e a deixar o local.

“Os sem-terra solicitaram e os negociadores garantiram uma agenda com a diretoria de Itaipu, Incra e representantes da Secretaria Estadual Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, o que possibilitou o acordo de saída da área de proteção ambiental”, diz nota da PMA.

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