Mais dois são presos por matar membro de facção rival com tiro no pescoço
João Henrique Savala Dorneles e Fabricio Marques de Paula seriam os responsáveis por executar a vítima
Mais dois suspeitos de participar do assassinato de Edeilson Cardoso dos Santos, 40 anos, o “Delsi”, na noite de sábado (26), foram identificados. João Henrique Savala Dorneles de Freitas, o “Malbec”, e Fabricio Marques de Paula, o “Cigano”, foram encontrados pela polícia dentro de um carro em Rio Verde de Mato Grosso, distante 51 km de Coxim, onde o crime aconteceu. Eles seriam os responsáveis por executar o plano do PCC (Primeiro Comando da Capital) de matar o integrante da facção rival.
Conforme apontou a investigação, Fabricio acabou desistindo de ir até a casa de Delsi e, com isso, Vitor Vieira Pinto foi quem participou da emboscada junto com João Henrique. Os dois foram até a casa da vítima na Rua 7, Bairro Vale do Taquari, na cidade, a 253 quilômetros de Campo Grande, naquela noite, em uma motocicleta Factor vermelha.
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A vítima já estava sendo monitorada por outros membros da facção: Roger Nunes Vilalba, conhecido como 'Rian', Gabriel da Silva Crepaldi Soares e Leandro Caces Oliveira, conhecido como 'SP'. Todos foram presos logo após o crime e confessaram participação na execução. Inclusive, fizeram vídeos da rotina de Edeilson e entregaram a arma para os atiradores.
Durante as investigações, a polícia conseguiu identificar impressões digitais de João na motocicleta apreendida no posto de combustíveis localizado na BR-163. Com isso, apuraram que o rapaz havia comprado passagens em Rio Verde de Mato Grosso com destino a Coxim junto com Fabrício pouco antes do crime, que teria desistido quando chegou ao município de destino.
Funções — Ainda conforme apurou a polícia, Roger é apontado como líder do tráfico na cidade e responsável pela casa onde os criminosos coordenavam os crimes. Ele também seria o encarregado de fornecer a pistola e a motocicleta utilizada na execução de Edeilson.
João e Fabrício ficaram com a missão de matar a vítima; porém, Vítor, que também é 'geral' de Coxim, acabou assumindo a função no lugar de Cigano. Já Leandro é apontado como 'disciplina' de bairro e tinha a responsabilidade de buscar, resgatar e esconder a pistola, enquanto Gabriel deveria recuperar a motocicleta usada no crime.
Os presos confirmaram fazer parte do PCC e que estavam monitorando a vítima por ser integrante de facção rival. Com isso, confessaram a participação no crime e foram autuados em flagrante.
Depoimento – Um rapaz relatou à polícia que viu o momento em que os atiradores se aproximaram da vítima com uma motocicleta. O que estava na garupa segurava a arma de fogo e ambos pararam ao lado de Edeilson. Em seguida, ele ouviu o tiro e se assustou, por isso saiu correndo.
Outra testemunha que estava com a vítima pouco antes do crime contou que ele havia dito que se encontraria com dois homens para negociar um aparelho celular e então teria ficado em frente à residência até a chegada da dupla na motocicleta. Ele conversou com os dois por aproximadamente 10 minutos.
A mulher estava dentro da casa e, quando decidiu sair para ir ao encontro de Edeilson, ouviu o disparo. Ela correu. Depois, encontrou a vítima já morta na calçada. No entanto, afirmou não saber que ele era integrante do Comando Vermelho e frequentava a casa dele apenas para usar drogas. O caso segue sendo investigado.
Caso - O crime aconteceu na noite de sábado, após Edeilson ser atraído para a frente da residência. De acordo com o boletim de ocorrência, após o assassinato da vítima, a PM (Polícia Militar) foi acionada, assim como as equipes da Polícia Civil e perícia.
Os policiais deram início às diligências e durante as rondas encontraram Gabriel. Nervoso, ele mudou a direção quando viu a viatura na Rua 2 e foi abordado. Ele relatou que estava saindo da casa de Roger e seguia para sua residência.
Assim, os militares pediram que o rapaz os levasse até a residência de Roger. Então, quando chegaram ao local, viram rastros de motocicleta que coincidiam com a descrição do veículo usado no crime. Leandro e Vitor também estavam na casa.
Roger tentou correr, mas acabou abordado. Aos policiais ele alegou ser integrante do PCC e era responsável pelo monitoramento e levantamento de membros das facções rivais. Conforme a versão do rapaz, Edeilson seria ligado ao Comando Vermelho e teve a morte encomendada.
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