Menina que morreu após picada de escorpião recebeu 9 ampolas de soro
Encaminhada para Campo Grande, Valentina Macedo teve três paradas cardíacas neste domingo (3)
Valentina Macedo, de oito anos, que morreu após ter sido picada por escorpião em Chapadão do Sul, a cerca de 300 quilômetros da Capital, chegou a tomar nove ampolas de antídoto. Ao Campo Grande News, a secretária de Saúde do município afirmou que todos os protocolos foram seguidos conforme manda a Secretaria Estadual de Saúde.
RESUMO
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Valentina Macedo, de oito anos, morreu após ser picada por um escorpião em Chapadão do Sul, Mato Grosso do Sul. A menina recebeu nove ampolas de antídoto, seis no hospital local e três na capital, Campo Grande, mas não resistiu após três paradas cardíacas. A secretária de Saúde afirmou que todos os protocolos foram seguidos, enquanto familiares lamentaram a perda. O prefeito local classificou o caso como uma fatalidade e anunciou medidas de conscientização. Dados estaduais registraram mais de 6 mil acidentes com escorpiões no último ano. Autoridades orientam a população sobre prevenção e tratamentos em casos de picadas, incluindo a captura do animal para identificação.
A prima da criança, Thalita Macedo, de 27 anos, contou à reportagem que a menina estava brincando na terça-feira passada (29) com a irmã, de seis anos, quando pisou em um buraco no quintal. Ao ser picada pelo escorpião, Valentina foi encaminhada ao hospital da cidade. "Ela foi bem atendida. Fizeram tudo o que podiam e aí ela foi para Campo Grande", detalhou.
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No hospital de Chapadão do Sul, Valentina foi medicada com seis ampolas do soro antiescorpiônico no período de duas horas, conforme a secretária de Saúde Adriana Maura Tobal. "O protocolo foi seguido corretamente, tudinho dentro das normas. Não tivemos outros casos como esse no município", afirmou. Ainda conforme a secretária, a menina não tinha nenhuma comorbidade.
Na Capital, Valentina passou por um reforço do antídoto, com mais três ampolas administradas. Segundo a prima, logo ao chegar, a menina já foi entubada e internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Regional. "Tentaram de tudo, mas ontem ela teve três paradas cardíacas e não resistiu", lamentou Thalita.
Ela relata que este é o primeiro caso na família envolvendo picada de escorpião, e também a primeira perda. "Ela morava só com a mãe e a irmã. A mãe dela está inconsolável", finalizou.
O prefeito de Chapadão do Sul, Walter Schlatter (PP), disse que a transferência para Campo Grande ocorreu com urgência, por se tratar de um quadro grave. Segundo ele, a cidade nunca havia registrado um caso semelhante.
"Foi uma fatalidade. Uma menina de oito anos, tão jovem, né?! Tinha tudo pela frente... A equipe agiu rápido e agora estamos montando um plano de conscientização para orientar a população. Já conversei com a Secretaria de Saúde e vamos reforçar as ações, com divulgação nas redes sociais, rádio e apoio das equipes técnicas", declarou o prefeito de Chapadão do Sul.
Segundo a CVSAT (Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica), entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, foram registrados 6.101 acidentes causados por escorpiões. O Campo Grande News solicitou à SES dados atualizados sobre a situação no Estado, bem como a lista dos municípios que dispõem do soro antiescorpiônico, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
Veja como evitar acidentes, o que fazer em casos de picada e como solicitar desinsetização de escorpiões abaixo:
Evitar acidentes - Antes de vestir roupas, calçar calçados ou usar toalhas é aconselhado se certificar se o animal não está escondido nos itens. Outra forma de evitar picadas de escorpiões é afastar camas e berços das paredes. Evitar que os lençóis ou cobertores toquem o chão também é recomendado.
Na Capital, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) possui canais de atendimento que realizam orientações e agendam desinsetização. Em caso de infestação, entre em contato com os telefones: (67) 2020-1796, (67) 2020-1802 ou (67) 3313-5000. O CCZ também atende pelo WhatsApp: (67) 2020-1796.
Fui picado, e agora? Em casos de picadas, orienta-se que o local do ferimento seja lavado com água e sabão. Não é recomendado realizar torniquetes, sucção nem aplicar produtos sobre o local picado.
Em casos leves, a orientação é procurar uma UPA imediatamente. Também é aconselhado que, se possível, o escorpião seja capturado, ou fotografado, para que a espécie seja identificada mais facilmente.
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