Pais de estudantes protestam para evitar troca de escola a 60 km de casa
Grupo reclama de mudança no fim do ano letivo; prefeitura vizinha exige acordo formal entre municípios
Pais de 42 estudantes iniciaram protesto nesta segunda-feira (29), às margens da BR-267, para evitar a troca de escola por causa de um impasse entre prefeituras sobre o transporte. As crianças moram no Assentamento São João, em Nova Andradina, e estudavam em Nova Alvorada do Sul por ser a unidade rural mais próxima. A Polícia Militar foi acionada para acompanhar a manifestação.
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Pais de 42 estudantes protestam contra mudança escolar após Nova Alvorada do Sul anunciar o fim do transporte de alunos do Assentamento São João, em Nova Andradina. As crianças estudavam na Escola Municipal Rosalvo da Rocha Rodrigues, no Distrito de Pana, percorrendo 25 km. Nova Andradina ofereceu vagas em escola no Distrito de Casa Verde, a 60 km do assentamento, gerando preocupação entre as famílias. Os pais criticam a decisão tomada no fim do segundo semestre e pedem acordo para manter os alunos na escola mais próxima até o término do ano letivo.
A partir desta terça-feira (30), o ônibus de Nova Alvorada do Sul deixará de buscar os alunos do assentamento na rota de 25 km até a Escola Municipal Rosalvo da Rocha Rodrigues, no Distrito de Pana. A administração local afirma que informou previamente a vizinha Nova Andradina e os pais sobre o fim do transporte, em reunião na escola com as duas secretarias de Educação. Em nota, a gestão acrescenta que os estudantes podem continuar na mesma unidade se houver parceria formal entre as duas prefeituras.
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Como resposta, Nova Andradina diz ter criado uma nova linha e aberto vagas na escola sob sua gestão mais próxima do assentamento, situada no Distrito de Casa Verde. O trajeto, no entanto, é de quase 60 km, o que preocupa as famílias pela distância e pela rotina dos alunos.
“Fizemos a nossa parte: uma nova linha de ônibus vai atender as crianças do assentamento, para a nossa escola mais perto que é em Casa Verde. As vagas já foram abertas para receber as crianças”, afirmou o prefeito Leandro Fedossi, do PSDB, para o Campo Grande News.
Nas redes sociais, moradores criticam a mudança no fim do segundo semestre e apontam falha de planejamento. Para os pais, a decisão em cima da hora prejudica a aprendizagem e a organização das famílias. “Entendo que não seja responsabilidade direta do município, mas faltou planejamento e a decisão agora prejudica os alunos”, escreveu uma moradora.
A Polícia Militar permanece de sobreaviso para garantir a segurança no local do protesto. As duas prefeituras mantêm versões divergentes sobre o aviso prévio e a responsabilidade pela rota. As famílias pedem um acordo que assegure a permanência dos estudantes na escola mais próxima até o fim do ano letivo.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) informou ao Campo Grande News que o caso está sendo acompanhado pelas Promotorias de Justiça do município e que foi instaurado uma Notícia de Fato para apurar detalhadamente a situação e adotar as providências cabíveis. "Ressaltamos também que será realizada uma reunião com as partes envolvidas na sede das Promotorias de Justiça, com o objetivo de ouvir os interessados e buscar soluções adequadas".
*Texto com informações do Alvora Informa.
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