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Interior

Polícia fecha laboratório de “maconha especial” que vale R$ 100 mil/kg

Droga conhecida como “dry” tem alto poder alucinógeno; dois homens foram presos

Por Helio de Freitas, de Dourados | 19/08/2025 11:22


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Polícia Civil desmantelou laboratório de "dry", droga derivada da maconha com alto poder alucinógeno, em Ponta Porã (MS). Dois homens foram presos, um no laboratório e outro no depósito da droga. A produção, controlada por uma família na fronteira com o Paraguai, utilizava gás refrigerante para transformar maconha em pasta, que, misturada com pó da erva, resultava no "dry". Apreensões incluíram a droga pronta e materiais de fabricação. Seis quilos de maconha produzem 180 gramas de "dry", vendidas por R$ 18 mil, totalizando R$ 100 mil o quilo. Investigações buscam ligação dos presos com facções criminosas na fronteira Brasil-Paraguai.

A Polícia Civil desmontou nesta segunda-feira (18) um laboratório de fabricação de “dry”, droga feita a partir de flores de maconha, de alto poder alucinógeno e que vale dez vezes mais que a erva comum. A ação coordenada pela Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) ocorreu em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande.

Além do laboratório, os policiais também descobriram o depósito onde a droga ficava armazenada para depois ser despachada para os grandes centros consumidores do país.

Dois homens foram presos. Jean Carlos Vieira da Silva estava no depósito e Antonio Carlos Piovesana no laboratório. O segundo é natural de Santa Catarina e aparece como dono de uma empresa de torno e solda em Xanxerê.

Conforme o delegado Guilherme Scucuglia Cezar, chefe da Defron, a produção da droga era controlada por uma família radicada na fronteira com o Paraguai. “O dry possui alta concentração de THC e tem a maconha como matéria-prima”, afirmou.

A operação resultou na apreensão da droga pronta e outros materiais usados na fabricação, inclusive dezenas de botijões de gás refrigerante. Em vídeo, os policiais demonstram como é feita a droga (veja as imagens acima).

“A maconha é colocada em cilindros compressores junto com o gás refrigerante. A droga fica nessa compressão até se transformar em uma pasta, que depois é misturada com pó de maconha. A mistura dos dois produtos resulta no dry. As investigações mostram que são necessários seis quilos de maconha para fazer 180 gramas de dry”, explicou o delegado.

Cada pacote de 180 gramas é vendido por pelo menos R$ 18 mil. Levando esse valor em conta, é possível afirmar que o quilo de dry vale pelo menos R$ 100 mil no mercado final. A polícia investiga a ligação dos presos com facções criminosas radicadas na linha internacional entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.

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