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Interior

Acusado de lavar dinheiro do tráfico, preso pela PF é vendedor de suplementos

Jackson Luiz Caye atua como vendedor autônomo e trabalha numa academia em Ponta Porã

Por Helio de Freitas, de Dourados | 14/08/2025 15:38


RESUMO

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Jackson Luiz Caye, 45, foi preso em Ponta Porã (MS) durante a Operação Datar, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso. Ele é acusado de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, principalmente sintéticas. A prisão ocorreu em sua residência, sem resistência. Caye, vendedor autônomo de suplementos, já havia sido preso em 2017 com munições, maconha, revólveres e anabolizantes. A Operação Datar investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, envolvendo empresas de fachada e movimentando cerca de R$ 185 milhões. Liderada por dois DJs de Cuiabá, a organização criminosa atuava em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Além de Caye e dos DJs, outras quatro prisões foram decretadas, com três indivíduos capturados e um foragido. A operação também incluiu mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas e sequestro de veículos.

O único alvo em Mato Grosso do Sul da Operação Datar, deflagrada nesta quinta-feira (14) pela Polícia Civil de Mato Grosso, foi preso em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.

Jackson Luiz Caye, 45, é acusado de receber e movimentar parte do dinheiro proveniente do tráfico de drogas, principalmente sintéticas. Vendedor autônomo de suplementos, ele trabalha em uma academia da cidade e foi preso em casa (veja o vídeo acima). Jackson não apresentou resistência.

O mandado de prisão preventiva, expedido pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, foi cumprido por policiais da Denarc (Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos) de Mato Grosso e do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil em Dourados.

No vídeo é possível ouvir os policiais perguntando se havia droga ou arma na casa. Nada de ilícito foi encontrado, segundo informou ao Campo Grande News um delegado de MT que comandou a ação.

Em junho de 2017, quando cursava medicina numa faculdade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, Jackson Luiz Caye foi preso com 400 munições de diversos calibres, 60 quilos de maconha, dois revólveres calibre 38 e oito frascos de anabolizantes de uso proibido no Brasil.

Ele conduzia um Agile com placa de Mato Grosso, abordado por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) na MS-162, município de Maracaju. No carro foram encontradas também R$ 700 em notas falsas de R$ 50. Jackson disse que pegou o carro já preparado, em Pedro Juan Caballero, para levar até Campo Grande.

Operação Datar – Deflagrada hoje pela polícia mato-grossense, a Operação Datar cumpriu 67 ordens judiciais contra complexo esquema criminoso voltado à lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O branqueamento do patrimônio ilícito envolvia empresas de fachada.

Investigação de longo prazo identificou movimentações financeiras milionárias dos investigados, inclusive envolvendo integrantes de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Ponta Porã). O grupo criminoso movimentou pelo menos R$ 185 milhões relacionados ao comércio de drogas.

Segundo a polícia de MT, a organização é chefiada por dois DJs bastante conhecidos em Cuiabá: Diego de Lima Datto e Patrick Noro de Castro. Os dois também foram presos hoje.

Além do morador de Ponta Porã e dos dois DJs, outros quatro investigados tiveram a prisão decretada. Três foram capturados e o sétimo alvo está foragido. Esses nomes não foram divulgados.

Acusado de lavar dinheiro do tráfico, preso pela PF é vendedor de suplementos
Policiais no endereço onde morador de Ponta Porã foi preso, nesta quinta-feira (Foto: Divulgação)

Assessor da ALMT – Entre os investigados que foram alvos apenas de mandados de busca e apreensão está Vinicius Curvo Nunes, superintendente de Tecnologia da Informação da ALMT (Assembleia Legislativa de Mato Grosso). Sócio de um bar badalado em Cuiabá, Vinicius entrou no radar da polícia por manter movimentações financeiras com integrantes da quadrilha.

Também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão domiciliar, 19 ordens de bloqueio de contas bancárias, 11 medidas cautelares  e o sequestro de 16 veículos.

A Operação foi batizada de “Datar” em referência à palavra espanhola “fechar”, simbolizando o encerramento da investigação anterior que envolveu a prisão do líder do esquema, Patrick Noro de Castro, em 2019.

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