MS aguarda aprovação de plano para ter R$ 72 mi no combate às drogas
Com três eixos, o programa deve ser executado nos próximos dois anos e meio
Com total de R$ 72 milhões, o Plano MS contra as Drogas - em especial o crack - aguarda aprovação do governo federal para sair do papel. A proposta precisa do aval dos ministérios da Justiça, Saúde, Ação Social e Educação.
“O Ministério da saúde nos ligou na semana passada querendo uma reunião. Tudo indica que será aprovado, não sei se neste valor”, afirma a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi.
Com três eixos, o plano deve ser executado nos próximos dois anos e meio. As ações serão de Prevenção (trabalho nas escolas, capacitação de policiais e profissionais de saúde), Cuidado (atendimento aos dependentes químicos) e Autoridade (repressão policial, vigilância, atuação nas fronteiras).
Conforme a secretária, uma novidade será a inclusão de Uneis (Unidades Educacional de Internação) e presídios na rede de atendimento. Depois do processo de desintoxicação, o interno terá acesso a psicólogo e médico.
Para o plano virar realidade, o governo estadual aguarda o dinheiro. “Depende do ministério liberara os recursos para compra de material, equipamento para escolas, treinamento. Para começar os três eixos ao mesmo tempo”, afirma Dobashi.
Atualmente, no Estado, conforme a secretária, são 200 leitos para saúde mental nos hospitais gerais. Fora as unidades especializadas: o hospital Bezerra de Menezes (em Paranaíba) e Nosso Lar (Campo Grande).
“O Hospital Regional tem 12 leitos, a Santa Casa tem a ala de psiquiátrica e todos os hospitais que têm contrato com o Sistema Único de Saúde tem pelo menos um leito para saúde mental”, salienta.
A falta de locais para internação dos pacientes é um dos gargalos do combate às drogas em Mato Grosso do Sul. Conforme o governador André Puccinelli (PMDB), o Estado foi o primeiro a apresentar o plano ao Ministério a Justiça. “Apresentamos para o ministro da Justiça quando estivemos tratando da questão dos índios”, afirmou.