Orçada em R$ 12 milhões, obra de presídio feminino é paralisada por mais 4 meses
Governo prorrogou interrupção por mais 120 dias
Orçada em R$ 12 milhões, a construção da cadeia pública feminina de Campo Grande continuará paralisada por até 120 dias. A prorrogação da interrupção da obra, tocada pela empresa Selco Engenharia, está no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (25) e tem data retrovativa de 1º julho de 2016.
Problemas na estrutura e projeto "mal feito" obrigaram o Executivo Estadual a determinar novamente a paralisação da construção, de acordo com o secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli. Segundo a publicação, foi prorrogada a "paralisação da construção do prédio da cadeia pública feminina, no município de Campo Grande, pelo prazo corrido de 120 dias".
Miglioli explicou que o projeto de construção, por parte do governo federal, "foi mal feito" e precisa passar por readequação. Até agora, a obra, que recebe recursos federais, custou R$ 2 milhões, mas ainda há em caixa R$ 10 milhões para a finalização da construção.
No início de junho, técnicos da Depen (Departamento Penitenciário Nacional) vieram para a Capital e os engenheiros da Agesul (Agência Estadual de Gerstão de Empreendimentos) mostraram as falhas na estrutura, ainda de acordo com Miglioli.
Com o prazo de paralisação estendido, o Executivo Estadual vai elaborar um novo projeto, mas também avaliar se rescinde o contrato. "Para mim, seria o mais viável". Definição sobre o assunto deverá seir em 30 dias, afirmou o secretário.
O presídio feminino, que terá capacidade para abrigar 407 detentas, começou a ser erguido na Colônia Penal da Gameleira, onde outra cadeia, no caso masculina, será construída. Desde o ano passado, quando houve a primeira paralisação, o governo estadual tenta autorização para readequar o projeto, justamente pelas problemas nas estruturas.